O vereador Joel Bottoni protocolou, entre esta e a última semana, indicações que contemplam duas áreas essenciais, a saúde e a educação, buscando regulamentar ações nas escolas municipais. A primeira delas visa criar um programa de Saúde Pública de Prevenção a Doenças Oculares no município de Encantado, com objetivo de prevenir doenças oculares e acompanhar o desempenho escolar dos Estudantes da Rede Municipal de Ensino.
Conforme justificativa, uma série de problemas relacionados ao rendimento escolar possuem relação direta com problemas de visão em alunos. Desta forma, Bottoni propõe a realização anual de testes de visão nas escolas do município. “Estudos mostram que em torno de 20 a 25% das crianças têm problemas de visão. Às vezes ela não consegue dizer que está com alguma dificuldade. Com a criação do programa levaremos mais qualidade de vida às crianças, melhorando a aprendizagem” destaca.
A secretária da Educação de Encantado, Stéfanie Casagrande, diz que o programa já está previsto. No entanto, acentua o trabalho do vereador. “Ele acompanha e nos visita com frequência, questionando nossos projetos e fazendo o levantamento das necessidades para tentar auxiliar de alguma forma. A indicação já está prevista no Programa Saúde na Escola, mas somos gratos ao vereador pelo envolvimento e interesse. Vamos fazer acontecer!”, projeta.
Além disso, para o vereador, um eventual encaminhamento para algum especialista ou para outro tipo de procedimento, através do programa, aconteceria de maneira mais organizada.
Importância da prevenção
A titular da pasta da Saúde, Clarissa da Rosa Pretto Scatola, considera extremamente importante a indicação do vereador para a regulamentação. Ela observa a necessidade da promoção da prevenção de maneira consistente dentro das escolas, o que geralmente torna o atendimento mais célere e eficiente. “A gente precisa investir em prevenção que é uma forma de a gente conseguir ter um resultado cada vez mais eficiente”, salienta.
Assim como Stéfanie, ela destaca as ações promovidas através do PSE, que está em curso no corrente ano desde o mês de março. No rol de atividades, está previsto também o acompanhamento oftalmológico. A profissional explica que sempre que identificado algum problema, o aluno prontamente é encaminhado para tratamento.
Em um acompanhamento recente em uma das escolas do município, segundo Clarissa, de 56 alunos, 15 foram diagnosticados com algum tipo de problema, sendo que quatro já estavam em tratamento, já fazendo uso dos óculos. Na ocasião, uma estudante precisou de encaminhamento médico. “Após a verificação do problema, a gente leva ao médico do posto, que já faz o encaminhamento desse paciente para o oftalmologista e entregamos o agendamento na casa dos pais ou responsáveis”, explica.
Primeiros socorros
Na última segunda-feira, Bottoni fez outra indicação. Através desta ele busca a capacitação de servidores para auxiliar, se necessário, no atendimento de primeiros socorros. Ele observa que as escolas municipais recebem crianças de 03 a 12 anos. “Temos vários exemplos de pessoas que foram salvas por uma simples manobra. Enquanto a criança está dentro da sala de aula, acho importante que se tenha esse treinamento à disposição para que, caso surja alguma eventualidade, possamos atender o mais rápido possível e consequentemente resolver o problema”, pontua.
Sobre o treinamento para primeiros socorros, Stéfanie lembra que existe uma lei Federal (Lei Lucas), que obriga escolas a estarem preparadas para este tipo de atendimento. No entanto, para ela, a regulamentação em forma de lei municipal, da mesma forma que acontece como a proposição para testes de visão nas escolas, são essenciais para que as ações de fato aconteçam e não se percam em trocas de governo. “São importantíssimas para o desenvolvimento integral da criança e segurança de todos”, pontua.
