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A seca na Índia ajuda o agronegócio do Brasil?

A Índia vive o período mais quente dos últimos 100 anos. O termômetros indianos atingiram a marca de 50ºC. Além dos problemas respiratórios da população, o calor intenso tem prejudicado as produções de trigo do país.

Para diminuir os impactos dos preços locais do produto, o governo indiano anunciou o bloqueio das exportações de trigo. Segundo o comunicado, serão permitidas apenas as exportações lastreadas em cartas de crédito já emitidas e também para países que solicitem suprimentos “para atender às suas necessidades de segurança alimentar”.

A Índia é o segundo maior exportador dos grãos de trigo, ficando atrás apenas da China. Para além dos bolos, pães e farinha, A falta do cereal também impacta na compra da carne -ração de boi é feita de trigo- e na produção de diversos alimentos, como pães e farinhas.

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A deliberação — chamada de protecionismo alimentar — pode pressionar os países produtores de grãos a aumentar os preços da fabricação externa. Na prática, os consumidores pagam mais caro na hora da compra.

No Brasil… A cadeia de desabastecimento de grãos ainda sofre com a crise geopolítica causada pela guerra na Ucrânia. Agora, com o bloqueio das exportações indianas, a tendência é provocar um desabastecimento global.

Como o Brasil é um grande exportador de trigo, esse desabastecimento pode ser positivo para o agronegócio do país. 

Em fevereiro, as exportações do agronegócio brasileiro ultrapassaram US$ 10 bilhões e bateram recorde para o mês. As exportações do cereal superaram as importações e, com o aperfeiçoamento das cultivas de trigo, a tendência é só crescer.

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