Clima: o que dizem os cientistas sobre os eventos extremos no próximo ano
Pesquisadores da World Weather Attribution (WWA) e da Climate Central, duas instituições globais renomadas no estudo das mudanças climáticas, divulgaram um relatório preocupante sobre o impacto humano nos eventos climáticos extremos. O estudo aponta que o ano de 2024 foi marcado por recordes de calor e desastres naturais que, segundo os especialistas, devem se intensificar em 2025 caso medidas urgentes não sejam tomadas.
De acordo com a Dra. Friederike Otto, diretora da WWA e professora do Imperial College London, os efeitos das mudanças climáticas nunca foram tão evidentes. “O aquecimento causado pelos combustíveis fósseis está nos levando a uma nova era de extremos climáticos”, afirmou.
Principais descobertas
O relatório revelou que o aquecimento global em 2024 adicionou uma média de 41 dias de “calor perigoso” em várias regiões do mundo, afetando a saúde humana e os ecossistemas. Eventos como secas na Amazônia, inundações devastadoras na África e furacões mais intensos nos Estados Unidos demonstram a força das alterações climáticas.
Os cientistas identificaram que fatores como o uso contínuo de carvão, petróleo e gás natural intensificaram esses fenômenos. Por exemplo, a seca na Amazônia se tornou 30 vezes mais provável devido às mudanças climáticas, enquanto furacões como Helene e Milton foram amplificados por temperaturas oceânicas elevadas.
Medidas para 2025
Para mitigar os impactos futuros, o relatório sugere ações como:
- Acelerar a transição para energias renováveis.
- Implementar sistemas de alerta precoce mais eficazes.
- Financiar iniciativas que ajudem países em desenvolvimento a se adaptarem.
- Reduzir a desflorestação e o uso de combustíveis fósseis.
A Climate Central e a WWA alertam que 2025 pode ser ainda mais desafiador, mas destacam que ainda há tempo para agir. Segundo Otto, “temos o conhecimento e a tecnologia necessários para enfrentar essa crise, mas as decisões precisam ser imediatas e consistentes.”
Essa análise reforça a importância de repensar hábitos e políticas em nível local e global para garantir um futuro sustentável e seguro para as próximas gerações.
