O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Central e Leste, com uma queda de pelo menos 0,5°C. Esse fenômeno, que ocorre a cada três a cinco anos, afeta o clima global, aumentando as chuvas no Norte e Nordeste do Brasil, e provocando períodos secos no Centro-Sul.
A previsão atual da OMM indica uma chance de 55% de o La Niña se desenvolver entre setembro e novembro, subindo para 60% de outubro de 2024 a fevereiro de 2025.
Neste ano, o El Niño teve um dos episódios mais intensos registrados, impactando várias regiões do Brasil. Segundo o meteorologista Fábio Luengo, há divergências nas previsões, com a NOAA apontando 74% de probabilidade de La Niña entre novembro e janeiro, mas sem expectativa de grande intensidade.
A OMM ressalta que, embora o La Niña possa reduzir temporariamente as temperaturas, o aquecimento global continua a influenciar os padrões climáticos de forma significativa. Nos últimos nove anos, mesmo com o La Niña prolongado, o planeta registrou as maiores temperaturas médias já registradas.
Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, afirmou que eventos como o La Niña não alteram a tendência de longo prazo de aquecimento global devido aos gases de efeito estufa.