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Outubro poderá ter chuvas acima da média

Possibilidade de volume maior de chuva em outubro, seguido de período expressivo de precipitações em setembro, sugere atenção com doenças fúngicas, que podem afetar a triticultura, por exemplo | Foto: Fernando Dias / Seapi Divulgação / CP

O boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Rio Grande do Sul, divulgado nesta quarta-feira, 25, aponta que outubro deverá ser marcado por chuvas acima da média, especialmente na metade norte do estado. As temperaturas também devem ficar abaixo da média, com chances de geadas tardias e risco elevado de granizo.

A meteorologista Loana Cardoso, do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, destaca que, até a metade de outubro, o estado pode enfrentar episódios de chuvas volumosas. Contudo, o último trimestre do ano deve ser influenciado por um La Niña de fraca intensidade, resultando em precipitações ligeiramente inferiores ao esperado para novembro e dezembro, quando também são previstas temperaturas máximas elevadas e ondas de calor.

Para as culturas de inverno, como trigo e cevada, Loana alerta sobre a necessidade de atenção redobrada em relação a doenças fúngicas devido à umidade alta prevista para outubro. Já para a orizicultura, é recomendado que os produtores assegurem a captação e armazenamento de água, uma vez que as chuvas devem ser abaixo da média nos meses subsequentes.

O boletim também destaca a importância de adequar as áreas de lavoura para a próxima safra, promovendo o preparo e a sistematização do solo. No que diz respeito às culturas de verão, a meteorologista orienta um escalonamento da época de semeadura, priorizando cultivares de ciclo longo antes das de ciclo médio e precoce.

Além disso, Loana enfatiza a relevância de monitorar a fruticultura, que está em fase de brotação e início da frutificação. A recomendação é para que os produtores adotem práticas de manejo fitossanitário, especialmente em função do risco de doenças fúngicas, e mantenham a cobertura verde nos pomares para evitar erosão do solo.

Por fim, é ressaltada a importância de investir em sistemas de irrigação e armazenamento de água, dada a variabilidade climática do estado, que pode impactar negativamente as culturas de verão, como milho e soja.

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