Vestida com um terno de seda, desenvolvido pela estilista Helô Rocha, bordado em palhas, com parceria ao trabalho artesanal do nordeste, Rosângela Lula da Silva apareceu assim para a cerimônia de posse do marido Luíz Inácio Lula da Silva. O objetivo de Janja foi privilegiar a indústria da moda brasileira e elementos da natureza do nosso país. A roupa de poder há séculos é o terno.
“Eu acho que ela não usa roupa decorativa de boneca, peça de decoração, ela se coloca em outro lugar. Ela tem uma presença forte e eu acho que a roupa traduz isso: roupa de trabalho. Versão feminina da roupa masculina. Ela usa o colete como blusa e pronta para o trabalho”, resume a estilista Thais Farage.
O look elaborado por Helô Rocha, mesma estilista que fez o vestido do casamento da socióloga, em maio passado, conta também com uma calça estilo pantalona, um colete com gola V e botões. Na prática, o blazer acinturado apresenta feminilidade e o colete interno remete ao smoking típico masculino.
Não foram de vermelho. Moda é um negócio e parte importante da cultura. Valorização do país e resgatar um Brasil unido e de todo mundo e não tanto da polarização, sem símbolos de partido.
A Primeira dama que entrou de calça. Me lembrou Coco Chanel. Entretanto, a forma que o bordado foi feito é estratégico de realeza, sempre bordado nas lapelas.
Em entrevista exclusiva à Vogue de janeiro, Janja falou sobre o look: “Queria vestir algo que tivesse simbolismo para o Brasil, para os estilistas, para as cooperativas e para as mulheres brasileiras”, disse.
“A moda não é só um aspecto muito importante da cultura brasileira como é um motor da economia. Quero carregar os estilistas brasileiros aonde for. Mostrar para o mundo, abrir portas de comércio, de oportunidades. Se puder contribuir, vou ajudar”, disse à revista de moda.