De tantas coisas inacreditáveis que acontecem no Brasil e poderiam ser objeto de argumento para a coluna desta semana, fiquei sem assunto. Os absurdos são tantos, que me perdi no meio da poeira. Na incerteza de qual deles poderia ser escolhido e servir para um comentário, não consegui me decidir.
Na dúvida sobre o que escrever, lembrei de uma piada que circula pela internet, que me pareceu interessante publicar.
Um contribuinte da cidade de São Paulo teve sua declaração rejeitada pela Receita Federal sob a alegação de que teria respondido a um questionamento de forma incorreta.
Ao responder à pergunta “Você tem dependentes?”, o sujeito disse o seguinte:
Tenho:
513 deputados federais;
81 senadores;
94 deputados estaduais;
55 vereadores;
6 mil imigrantes ilegais;
10 mil viciados;
300 mil servidores públicos;
180 mil criminosos em nossas prisões.
Diante da explicação inusitada, a Receita Federal informou que a declaração dele era inaceitável, a recusou, e ainda por cima multou o contribuinte.
No prazo legal para a sua defesa ele escreveu apenas uma única frase:
Recusaram e me multaram por quê? Por acaso eu esqueci alguém?
Certamente seu recurso será indeferido e a multa mantida.
Mas para não dizerem que não falei de flores, lembrei também de uma poesia de Fernando Pessoa, na qual ela fala sobre os Amigos:
“Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só ombro ou colo, quero também a maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos”.
Grande Fernando Pessoa!