A passagem do tempo é um dos aspectos mais universais e inevitáveis da vida humana. Desde o nascimento, somos lançados em um fluxo contínuo, onde o presente rapidamente se transforma em passado e o futuro é incerto. A morte traz sentido à vida. Aceitar que nossa jornada tem um fim proporciona profundidade à maneira como vivemos e como encaramos nossas relações e projetos.
O legado que deixaremos responde, em última análise, à pergunta: “Como desejamos ser lembrados? Como impactamos a vida das pessoas ao nosso redor?” Esse legado se constrói nas pequenas atitudes, na forma como tratamos os outros e a nós mesmos, e na busca por coerência com nossos valores. Cada ação ou escolha que fazemos carrega a semente de algo maior, que pode florescer na vida daqueles que nos sucederem.
Refletir sobre o tempo, a finitude e o legado nos convida a viver com mais intenção, conscientes de que a vida é breve, mas repleta de potencial para criar impacto e significado que perdurem além de nossa própria existência.
O Dia de Finados é um convite para honrar a memória daqueles que partiram, expressando nosso carinho e respeito com mais intenção. Com o tempo, compreendi a morte de forma mais leve, como uma transição natural; essa consciência me ajuda a viver de forma mais harmoniosa e intencional.
Além da dimensão espiritual, o feriado de Finados nos convida a refletir sobre a vida e a importância de valorizar os momentos com quem amamos. Em um mundo cada vez mais acelerado, também somos incentivados a desacelerar e pensar sobre o tempo que passa.
Mais que um dia de saudade e tristeza, é uma oportunidade para manter viva a conexão entre os mundos físico e espiritual. Faço meus rituais: vou ao cemitério, levo flores, acendo velas, oro e renovo em mim o que cada um que partiu significou em minha vida. Sinto saudades, mas acima de tudo sinto-os presentes, renovando minha esperança na eternidade e no amor.