Com o término dessa festa colorida, nossas rotinas aos poucos se reestabelecem. As escolas retomam suas atividades, o verão se encaminha para o final e a vida volta a ser governada por nossos compromissos diários. A rotina pode parecer monótona, mas é ela que nos mantém na trajetória da evolução. Já parou para refletir sobre a importância de uma rotina diária? Sem ela, corremos o risco de nos perder, sem saber exatamente para onde ir.
Graças à rotina, conseguimos seguir planos, sejam eles financeiros, de saúde ou quaisquer outros objetivos que tenhamos estabelecido no início do ano. Mas como lidar com o tédio que muitas vezes acompanha essa repetição? Minha sugestão é praticar a atenção plena durante a rotina. Muitas vezes, nos pegamos fazendo atividades de forma automática, sem realmente prestar atenção ao que estamos fazendo.
Por exemplo, ao escovar os dentes de manhã, podemos estar tão distraídos que nem percebemos o ato em si. Isso pode levar ao tédio e até mesmo à ansiedade antecipada pelo dia que está por vir.
Uma técnica que adotei é dedicar atenção exclusiva a cada atividade, mesmo aquelas que já domino. Ao escovar os dentes ou lavar a barba, deixo o celular de lado e me concentro apenas naquela tarefa. Isso faz com que cadaatividade ganhe um novo significado, pois estou presente no momento, no aqui e agora.
Além disso, pratico a atenção plena em outrosmomentos do dia, como abrir e fechar uma porta, livrando-me do desconforto mental de questionar se a tranquei corretamente ao sair.
Embora aprecie meu tempo diante das telas, aprendi a estar presente também durante esse momento, sem dividir a atençãocom outras distrações. Enxergo agora a rotina não apenas como uma obrigação, mas como um remédio para o tédio, algo que conecta minha mente ao meu corpo.
Convido você a experimentar essa prática: escolha uma atividade que faça no piloto automático e concentre-se nela. Você se surpreenderá ao perceber como isso pode tornar a atividade mais signifi cativa e até mesmo divertida. Afinal, a magia da vida está nos detalhes, nos momentos em que nos permitimos estar presentes.