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#ColunadaMari | Afinal os descontentes de plantão são muito mal acostumados e nada que se faça será o suficiente para agrada-los

Tema

Confesso que essa semana observando todos os acontecimentos da noite de quarta-feira, que antecede a entrega da minha coluna não tinha um tema especifico para abordar. Para quem tem TDAH assim como eu, sabe como a nossa mente é uma caixinha de surpresas e infelizmente nosso cérebro cria algumas manias especificas, que muitas vezes é impossível nos livrarmos tão facilmente. Quando iniciei a Coluna, sempre consegui entregar os textos antes do prazo estipulado, até que um dia em meio a correia precisei escreve-la, “aos 45 minutos do segundo tempo” e adivinhem? Meu cérebro captou a mensagem de que é possível entrega-la para a sua publicação, mesmo iniciando-a na quinta-feira ao meio dia. É só o relógio marcar 11 horas que um turbilhão de textos e ideias saem naturalmente do meu pensamento.

Temporal

Não posso deixar de me solidarizar com a comunidade Muçunense, moradores da cidade de Roca Sales e meus conterrâneos da Barra do Guaporé que tiveram grandes prejuízos após a chuva de granizo que atingiu essas localidades. Imagens recebidas no whatsapp e postadas em redes sociais são apavorantes, de arrepiar. Os prejuízos ainda não foram contabilizados, mas acredito que seja de grande monta, atingindo grande números de moradores sofreram perdas.

Muçum

Logo após a acontecido a Prefeitura de Muçum postou um vídeo com a mensagem do Prefeito Matheus Trojan, pedindo para que as pessoas atingidas se deslocassem até a “Garagem da Prefeitura” para a retirada de lonas, ao mesmo tempo entrou em contatos com Municípios vizinhos para solicitar empréstimos ou doações de lonas, afinal mesmo que o Município dispusesse desse material, não seria o suficiente para atender a todos.
Outra coisa que me chamou bastante a atenção foi a maneira de agir do Prefeito, que escolheu apenas um ponto especifico para que as pessoas retirassem o material e comunicou que em casos mais graves entrassem em contato com a Defesa Civil, ao mesmo tempo que recrutava voluntários para auxiliar no atendimento as atingidos.

Barra do Guaporé

Enquanto isso o Prefeito Jonas Calvi e sua equipe se deslocou até a localidade da Barra do Guaporé para auxilar os atingidos. Por ser uma comunidade bem distante do centro da cidade e ser o único local atingido nesse temporal, o deslocamento da equipe da Prefeitura neste caso foi a logística mais pratica e rápida.

Diferença

Obviamente, a situação de Muçum e Encantado não pode ser comparada, afinal o número de atingidos, mesmo sendo expressivo, foi extremamente menor, mas o que me chamou a atenção foi diferença de atitude e no jeito de pensar da população Muçumense.
Tenho diversos amigos de Muçum, inclusive em minhas redes sociais, onde pude acompanhar por diversas páginas de diferentes veículos de comunicação e população em geral quase em tempo real o que estava acontecendo por lá e pasmem!? Em momento algum eu vi “alecrins dourados” reclamando ou criticando as medidas tomadas pela Administração Municipal de Muçum e aproveito para parabenizar a população por isso, afinal ninguém tem culpa ou sequer pode prever uma catástrofe dessas.

Diferença II

Em meio aos pensamentos noturnos várias reflexões sobre a diferença dos Muçunenses e de uma boa parte da população de Encantado, os eternos descontentes, me tirou o sono. Imaginem se esse temporal tivesse atingindo uma área maior de Encantado. As redes sociais estariam cheias de publicações. Imagine se Encantado não tivesse lona suficiente para todos? A culpa seria da Defesa Civil que não se organizou. Imagine se o Prefeito escolhesse um ponto específico para a entrega de lonas e não batesse de porta em porta para entregar? Os celulares dos vereadores não iriam parar de receber reclamações e as redes sociais estariam cheias de críticas. Imagine se o Prefeito Jonas solicitasse voluntários para ajudar no atendimento aos atingidos? A bola da vez seriam os servidores públicos, pois segundo alguns, os mesmos tem a obrigação de servir a população 24 horas por dia e também de subir no seu telhado e colocar as lonas enquanto os proprietários apenas observam, como já aconteceu inúmeras vezes na história de Encantado. Afinal os descontentes de plantão são muito mal acostumados e nada que se faça será o suficiente para agrada-los. E preciso deixar bem claro que não estou me referindo a Comunidade da Barra do Guaporé, apenas abordando um assunto que deve ser refletido por todos nós.

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