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#ColunadaMari | Meus direitos x meus deveres

Hoje ilustro a minha coluna com duas imagens, que apesar de terem acontecido em municípios diferentes retratam uma situação que há tempos eu tenho venho chamando a atenção. Com o surgimento das redes sociais, são incansáveis as postagens de pessoas reclamando principalmente de seus governantes. E que vale destacar que todos, mesmo jamais sendo unanimidade, são eleitos pelo povo através de um processo democrático e isso também ajudou a aproximar o povo do parlamento. Em paralelo a isso, quando se trata do ente público e de uma vida em sociedade, após ser dado o “poder ao povo” também surgiram os direitos e deveres para todos, sejam eles entes públicos, privados ou cidadãos comuns.

Na segunda-feira as Câmaras de Vereadores de Encantado e Roca Sales realizaram suas sessões plenárias ordinárias e nesse mesmo dia, matérias importantíssimas seriam discutidas em cada uma delas. No Legislativo Encantadense a Audiência Pública que apresenta a Lei Orçamentaria Anual, amplamente divulgada em meios de Comunicação e em todos os tipos de redes sociais e que abre espaço para que a população discuta juntamente com a Administração Municipal quais serão as prioridades para o próximo ano e que seria o DEVER de cada cidadão participar ajudando na fiscalização e na elaboração da mesma. Mas infelizmente, como de praxe, quando se trata de um dever, menos de cinco pessoas se fizeram presentes na Sessão. Já na Câmara de Vereadores de Roca Sales, após uma série de polêmicas envolvendo doações que foram perdidas durante a última enchente e a divulgação da abertura de um processo de Impeachment contra o Prefeito Amilton Fontana lotou o Plenário. Segundo áudios repassados via WhatsApp a presença da população no local seria importante para que os mesmos pudessem “cobrar” os seus DIREITOS.

O que está nítido nas imagens é que quando se trata de DIREITOS, benefícios e interesses, um áudio no WhatsApp é o bastante para lotar qualquer plenário, mas quando se trata de DEVERES e obrigações nem a convocação por escrito e divulgada com semanas de antecedência serve para que o povo saia do conforto do seu lar. Algo desesperador.
Enquanto “revolucionários alecrins dourados” apontam o dedo para Presidentes, Senadores, Deputados, Prefeitos e Vereadores na hora de exigir os seus direitos, ao mesmo tempo que se curvam as suas decisões quando se trata de cumprir com seus deveres, lamento informar que nada irá mudar. Enquanto o povo continuar pensando apenas no seu umbigo, nem o “Gustavo Lima” conseguiria mudar o Brasil. Apenas reflita.

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