Segunda-feira é comemorado o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador, uma data para celebrara as conquistas dos trabalhadores ao longo da história.
A data foi estabelecida em 1889 pela Segunda Internacional Socialista, um congresso realizado em Paris que reuniu os principais partidos socialistas e sindicatos de toda Europa. A data também foi marcada pela reunião de milhares de trabalhadores que reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
No Brasil, a data foi consolidada em 1924. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nessa data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.
Em Encantado e região várias empresas confraternizam a data com seus funcionários, muitas outras dão presentes como forma de agradecimento pelos serviços prestados. Afinal, reconhecer os bons serviços prestados e valorizar seus funcionários é fundamental para que uma empresa dê certo.
Por outro lado, já pararam pra pensar que também é necessário agradecer a quem te emprega? Já pararam pra pensar na responsabilidade que é ser um empregador no momento em que vivemos, em tempos de crise e de tantas incertezas?
Converso semanalmente com vários empresários, inclusive muitos deles me pedem indicações de pessoas para trabalhar nas suas empresas, mas confesso que hoje em dia está bem difícil indicar alguém.
Quem me conhece sabe que uma das coisas que eu mais defendo é que o trabalhador precisa ser valorizado, receber um salário compatível com a sua função, capacidade, comprometimento e acima de tudo por sua “vontade de trabalhar”.
Trabalho desde os 14 anos. Já fui babá, garçonete, pasteleira, repositora de mercadorias, açougueira, caixa, massagista, repórter, assessora parlamentar, secretária, gerente, e o principal, “pau pra toda obra”. Em todos os empregos que tive até agora. Sem contar as várias ocasiões tive dois empregos simultaneamente.
Atualmente, o que mais se escuta em rodas de conversas por todos os lados, principalmente de pessoas que tem um índice alto de rotatividade em seus empregos, é de que o salário é ruim, que o horário não é compatível com seu estilo de vida, mas pouco se escuta que o serviço não é bom. Pudera, com tantas conquistas e direitos alcançados até aqui, com certeza o tempo de escravidão ficou para trás.
Refletindo sobre tudo isso, o que me deixa mais perplexa nos tempos de hoje é o modo em que os trabalhadores encaram os seus empregos. Talvez seja pela melhora nos padrões sociais, as famílias de hoje sendo bem menos numerosas, a melhora nas condições de vida. Talvez a facilidade de encontrar um emprego, ou se isso vem de casa, se é uma nova “questão cultural”, ou se agora isso é ensinado na escola, não sei bem como explicar, mas a falta de comprometimento com o trabalho é notável em todos os setores. E muitos dos descompromissados relacionam o seu modo de trabalho com a sua remuneração.
Obviamente, seria fantástico que pudéssemos trabalhar de segunda a sexta-feira até 17 horas e receber um salário de R$ 5 mil, sem se esforçar. Confesso que seria o meu sonho. Mas como sabemos, em todos os setores, existe um salário base para cada função, algo que foi amplamente discutido, estudado e ele é aplicado em toda e qualquer empresa, e a única coisa que fara você merecer um salário melhor, além do “adicional por tempo de serviço” é o seu potencial. Reflita!