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#NolimarPerondi | Atitude de vereador foi desrespeitosa para uma sessão solene

Câmara

Pela primeira vez, pelo menos que eu tenha visto, a Câmara de Vereadores realizou uma sessão solene para iniciar o ano legislativo depois das férias de janeiro. O presidente Sander Bertozzi foi quem idealizou essa sessão onde foi convidado o prefeito Jonas Calvi para se sentar ao seu lado na Mesa Diretora. Acredito que foi bem ao estilo do Sander que sempre presou a conversa e o entendimento. A primeira sessão ordinária acontece na segunda-feira às 18 horas.

Palavra

O primeiro convidado a ocupar a tribuna foi o prefeito Jonas Calvi. Com um discurso lido apresentou seus principais projetos, os já executados e em andamento. Também afirmou que o executivo havia dinheiro em caixa no valor de próximo a R$ 15 milhões que seria fruto de uma administração austera no ano de 2022. Jonas enalteceu a parceria com os vereadores que oportunizou avanços em várias áreas de compromisso da administração pública. Seu discurso buscou um rumo de enaltecimento, comprometimento e conciliador.

Travas

Na sequência foi dada a palavra aos líderes dos partidos. Duda do Taxi, líder do MDB, falou da importância de fiscalizar e punir empresas que estariam poluindo arroios e rios e também disse que era preciso haver, nesse ano, um plano de construção de casas populares. O vereador Marino Deves, que assumiu a liderança do PP, iniciou seu discurso afirmando que estava até surpreso de terem lhe dado a liderança do partido depois de algumas diferenças que teria tido por conta da eleição da presidência da Câmara. Depois, contrapondo alguns dados do prefeito, mostrou ‘ as travas da chuteira’ como ‘ cartão de visita’. Falou do represamento no atendimento da alta complexidade na área de saúde, reforçou a falta de projetos habitacionais, a falta de ação para garantir a segurança alimentar de famílias carentes e, mesmo elogiando a austeridade administrativa, mostrou discordância da economia de valores próximos à R$ 15 milhões.

Palavra

Na sequência do pronunciamento do vereador Marino Deves o prefeito Jonas Calvi pediu a palavra ao presidente da Mesa diretora da Câmara de Vereadores, Sander Bertozzi, por ter sido citado. O presidente negou a palavra porque entendeu que não seria o momento para uma discussão. Na verdade ficou uma situação chata, pois o prefeito, que estava lá como convidado não pôde contrapor, mas mesmo não sendo concedido o direito de resposta Jonas deixou claro seu descontentamento: “É que em uma sessão solene o Marino vem com esse discurso e eu vou ficar sem dar a resposta? Eu vim para construir, eu achei que vinha para uma situação recebi outra e eu estou vendo como vai ser o ano de 23”.

Cerceado

No interesse de manter uma sessão solene pacífica o presidente da Câmara, Sander Bertozzi, acabou tendo uma atitude de parcialidade ao impedir o prefeito Jonas Calvi de se manifestar. Disse o presidente Sander ao responder o prefeito: “Senhor prefeito nesse momento eu lhe peço desculpas, mas é um fato inédito a sessão solene a primeira vez que aconteceu, mas nesse momento o senhor teve o espaço bom, bonito, mas eu vejo que o trabalho do vereador também é apontar então eu entendi bem a questão dos colegas. A democracia é assim e vamos construir juntos, mas é bem tranquilo prefeito”.

Rito

Uma sessão solene deve ter um viés de comemoração ou ainda homenagens e recepção de personalidades e deve seguir esse ritual. Se a intenção era promover uma sessão de abertura do ano legislativo que se ativessem às formalidades. Prefeito, presidente da Câmara de Vereadores e vereadores devem respeitar o que se chama de liturgia do cargo. Achei uma sessão pobre em todos os sentidos, ficou carente na fórmula, na intenção e por fim no resultado.

Direito

O vereador tem todo o direito de discordar das ações e projetos de uma administração pública. Vou além, também tem o direito de questionar e até chamar um prefeito de incompetente publicamente se assim compreender, porém existem momentos e locais adequados para isso. Em uma sessão solene, definitivamente não é o momento. Além do constrangimento é um desrespeito ao cargo se utilizar de um espaço considerado solene para impor seu pensamento. Faltou urbanidade.

Interno

O PP de Encantado está com um problema interno e isso ficou muito claro depois da eleição da presidência da Mesa Diretora que elegeu Sander Bertozzi numa aliança com o PSDB. O vereador Marino Deves deixou claro que seguiria na oposição e foi crítico na união com o partido que dá sustentação ao prefeito Jonas Calvi, inclusive dizendo que a direção do partido teria essa mesma posição. O presidente Sander Bertozzi por sua vez me falou que teve o aval do partido quando costurou a junção com o PSDB para conseguir maioria dos votos. Sander
também afirmou que ele deveria ser o candidato da vez depois que foi preterido por integrante do MDB que mudou o combinado.

Falta

Não é possível que o Partido Progressista de Encantado não irá se pronunciar sobre esse impasse. Já disponibilizei espaço para que o partido se pronuncie e que faça sua explicação. O PP está na oposição ou
não? Qual foi sua indicação na eleição da Câmara? Ouvido de mercador não né?

Razões

Tenho por mim que o tratamento dado ao prefeito Jonas Calvi na sessão que deveria ser solene tem muito a ver com esse impasse interno do PP. Enquanto uma parte queria construir uma aproximação a outra, aliada ao MDB, queria mostrar sua postura de oposição. Na verdade cada uma tem sua razão, o momento é que não foi adequado.

Frase
“Toda coerência é, no mínimo, suspeita”. Nelson Rodrigues

Pescadores

No sábado fui convidado para um almoço na “Barraca dos Pescadores do Vale”. Um grupo de amigos, pescadores no caso, se reúnem com frequência para celebrar. Desta feita o amigo Gerson Dutra e o vereador Valdecir Cardoso preparam um leitão à paraguaio que ficou muito bom. Também faço esse destaque a esse grupo porque são pescadores conscientes, alias quem gosta de pescar respeita o rio e os peixes. Quem gosta de pescar não destrói, ele preserva.

Visita

Durante o almoço com a turma dos “pescadores” o prefeito Jonas Calvi convidou os fiscais da Marinha do Brasil, que estavam fiscalizando embarcações na Praia do Picão, para almoçar com nós. Momento histórico eu

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