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Elon Musk e Jeff Bezos investem bilhões em biotecnologia, na busca da imortalidade

Magnatas têm apostado em tratamentos que prometem a juventude eterna. (Foto: Reprodução)

A notícia de que um bilionário americano de 45 anos está injetando o sangue do próprio filho no corpo, em uma tentativa desesperada de rejuvenescer e não aparentar a própria idade, gerou grande repercussão mundial. Há anos, cientistas e magnatas da indústria da tecnologia, como Elon Musk e Jeff Bezos, investem bilhões em empresas de biotecnologia, na esperança de unir o corpo humano, medicina e tecnologia em busca da imortalidade.

Musk está envolvido em um projeto para conectar o cérebro humano ao computador. A ideia é usar o corpo exatamente como se fosse uma máquina. Quando este já estiver envelhecido e cansado, podemos transferir as memórias para um computador que armazenará todas as memórias para uma vida digital eterna.

Os cientistas dizem que copiar a mente, as memórias e a personalidade de alguém para um computador é possível, porém, como fazer isso com o órgão mais misterioso do nosso corpo humano? Ele tem 86 bilhões de neurônios, uma rede produzindo pensamentos via cargas elétricas.

Além da Tesla e SpaceX, Musk também é dono da Neuralink, empresa criada para desenvolver implantes cerebrais para que paraplégicos possam controlar computadores apenas com o pensamento. Em fevereiro deste ano o magnata começou testes com chip cerebral em humanos.

A tecnologia promete tratar danos cerebrais graves, como cegueira e paralisia. Questionado sobre os perigos de implantar um chip no cérebro de uma pessoa, o bilionário disse: “Queremos ser extremamente cuidadosos e certos de que funcionará bem, antes de colocar um dispositivo em um ser humano”.

Conforme a proposta da empresa, o chip funcionará por meio de sinais cerebrais que enviarão informações a um controle de dispositivos eletrônicos. A tecnologia ainda será capaz de controlar os hormônios.

Regeneração muscular

Outro bilionário investidor no rejuvenescimento das pessoas é o fundador da Amazon, Jeff Bezos. Ele é um dos criadores da Altos Labs, startup que desenvolve técnicas de reprogramação celular para combater doenças e expandir a expectativa de vida. Em laboratório, a técnica provou rejuvenescer células. Acredita-se que isso poderia ajudar a acabar com doenças relacionadas ao envelhecimento, incluindo câncer e Alzheimer.

O envelhecimento é consequência de um processo natural do corpo humano, que ocorre em nível celular. Com o passar do tempo, as células se dividem menos e passam a se acumular no organismo. Isso pode ser acelerado por fatores externos, como poluição, má alimentação, produtos químicos, sedentarismo e etc.

Americano de 45 anos, que gasta US$ 2 milhões para rejuvenescer: injeta plasma do filho adolescente como última tentativa
Por isso, a Altos Labs se dedica a entender o processo de envelhecimento em nível celular e genético para assim tentar impedir que ele aconteça ou revertê-lo. Eles acreditam que um caminho possível para isso é a reprogramação celular cuidadosamente controlada.

Criogenia

Um terceiro método ainda é o congelamento do corpo humano após a morte para revivê-lo em um tempo futuro. Técnica é conhecida como criogenia e faz o processo de resfriamento de corpos com nitrogênio líquido até atingir os -196ºC. A esperança é de que a ciência, no futuro, seja capaz de trazer corpos preservados de volta à vida.

Peter Thiel, bilionário e cofundador do PayPal, é a grande mente por trás disso e o principal investidor da técnica. Ele quer ser congelado e preservado quando morrer para no futuro tentarem revivê-lo. Apesar de ter se inscrito para o congelamento, Thiel diz não acreditar que a tecnologia vá funcionar.

O método já é usado internacionalmente por clínicas de fertilização e hospitais para conservar partes do corpo humano, como esperma, óvulos, células sanguíneas e embriões. De acordo com o Instituto de Criogenia de Michigan, nos Estados Unidos, a criônica é uma técnica destinada a salvar vidas e prolongar a vida útil.

Porém, não são todos que vão ter condição de congelar os corpos. O instituto, por exemplo, cobra uma taxa única de cerca de 140 mil reais, que inclui perfusão de vitrificação e armazenamento de longo prazo.

Outras organizações podem chegar a cobrar cerca de 990 mil reais ou mais para criopreservação de corpo inteiro e aproximadamente 396 mil reais para a opção “neuro”, ou seja, somente o cérebro.

Transumanismo

Este tipo de movimento que defende o uso da tecnologia e da inteligência artificial para melhorar a qualidade da vida humana tem nome: “transumanismo”. O que nada mais é do que a fusão entre o cérebro do homem e uma máquina. Na ficção, podemos chamar de ciborgues, meio homens e meio máquinas.

Defensores do grupo creem que essas tecnologias vão ser desenvolvidas para o tratamento de doenças e deficiências, como membros robóticos e exoesqueletos, e serão usadas para ampliar a capacidade das pessoas, gerando impactos profundos na nossa sociedade.

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