O observatório espacial Heller & Jung, localizado em Taquara, a 80 km de Porto Alegre, registrou, entre a noite de sexta-feira (21) e a madrugada deste sábado (22), uma chuva de meteoros.
De acordo com o professor Carlos Fernando Jung, o fenômeno é conhecido como chuva de meteoros Líridas, que ocorre anualmente nesta mesma época.
“Ele é gerado por fragmentos do cometa Thatcher, que faz sua passagem a cada 415 anos. Nosso planeta, em seu movimento ao redor do Sol, cruza a órbita onde se encontram esses fragmentos deixados pelo cometa, nosso planeta atrai e faz com que se tornem meteoros ao ingressar na atmosfera”, explica Jung.
O professor conta que o período de maior atividade do fenômeno começou na última terça-feira (18) e deve se estender até segunda (24). O pico, com a maior quantidade de meteoros que podem ser vistos no céu, vai deste sábado até domingo (23).
“O pico, na verdade, vai sendo progressivo. O interessante é que este ano foi registrada uma média maior. Nos últimos dois anos, foi entre 10 a 15 [meteoros] por hora. [Neste ano], foi entre 18 e 22 por hora aqui no RS”, afirma.
A chuva de meteoros Líridas é mais intensa no hemisfério norte do planeta. Mas, aqui no Brasil, podem ser vistos também e a olho nu, em várias direções no céu. Basta olhar para as direções Norte e Nordeste a partir da 1h.