A Confederação Nacional da Indústria (CNI) argumenta que o Banco Central deve evitar aumentar a taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano, para não prejudicar a economia. A CNI aponta que os recentes dados econômicos, tanto internos quanto globais, indicam que um aumento seria um excesso de conservadorismo do Banco Central, afetando negativamente a atividade econômica.
A CNI destaca que o aumento da Selic dificulta o equilíbrio das contas públicas, aumentando os custos com a dívida pública. Além disso, o crescimento dos gastos federais desacelerou, e a arrecadação aumentou, permitindo o cumprimento da meta fiscal sem necessidade de políticas mais severas.
A inflação recente foi influenciada por fatores temporários, como a alta nos preços de energia e alimentos, e não por um aumento estrutural nos preços. A CNI aponta que, globalmente, a tendência é de queda nas taxas de juros, o que torna um eventual aumento da Selic contrário à política adotada por outras grandes economias, como EUA e União Europeia.
Por fim, a CNI considera que a taxa Selic está acima do necessário para controlar a inflação e defende uma taxa de equilíbrio de 8,4% ao ano, argumentando que o nível atual da Selic prejudica o crescimento econômico.