O Desenrola Brasil ajudou a renegociar mais de R$ 22,5 bilhões em dívidas, entre julho e o dia 2 de novembro. Os dados são do Ministério da Fazenda.
Essa soma inclui os valores renegociados diretamente com os bancos, na primeira fase do programa (Faixa 2), e os acordos feitos diretamente pelo site da iniciativa, lançado no dia 9 do mês passado.
Na primeira etapa, 2,2 milhões de pessoas foram beneficiadas pelo Desenrola; 2,8 milhões de contratos foram rediscutidos. Além disso, 10 milhões de registros de dívidas de no máximo R$ 100 foram automaticamente “desnegativados”. Por sua vez, esta segunda fase já contemplou 590 mil consumidores e 1 milhão de débitos.
Na Faixa 2 estão pessoas físicas com renda acima de dois salários mínimos (R$ 2.640) e até R$ 20 mil que têm dívidas em banco sem limite de valor.
Elas entram em contato com as instituições por meio de seus canais de atendimento a clientes e avaliam as condições, que mudam de acordo com a empresa.
Já as renegociações desta Fase 1 são voltadas a cidadãos que ganham até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal) e tenham dívidas de até R$ 5.000.
Anteriormente, as informações estavam sendo levantadas pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Segundo a última divulgação da entidade, os bancos haviam renegociado R$ 15,8 bilhões até o dia 29 de setembro somente na Faixa 2.
O Desenrola Brasil é um programa de renegociação de dívidas idealizado pela equipe econômica do ministro Fernando Haddad. A ideia é que, com débitos quitados, a população brasileira consuma mais e movimente as finanças do país.
O único meio que o cidadão tem para consultar as propostas de renegociação de cada credor e aceitar ou não o desconto oferecido é a plataforma do programa, no endereço desenrola.gov.br. Para ter acesso a ela, é preciso estar cadastrado no sistema gov.br, do governo federal, e ter conta de nível prata ou ouro.