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Inadimplência cresce em novembro, mas permanece abaixo dos níveis pré-enchentes no RS

A inadimplência das pessoas físicas aumentou em novembro no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre na comparação com outubro. Apesar da alta, os índices permanecem inferiores aos registrados em abril – período anterior às enchentes históricas que atingiram o RS – no Estado e na Capital. Os dados foram divulgados pela CDL Poa (Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre).

No Rio Grande do Sul, o Indicador de Inadimplência ficou em  31,89% em novembro, uma alta de 0,22 ponto percentual em relação a outubro. Em Porto Alegre, a taxa foi de 33,08%, com crescimento de 0,09 ponto percentual. Na comparação com abril, os índices seguem abaixo dos níveis pré-enchentes (32,61% no RS e 34,34% em Porto Alegre).

Estão negativados 2,735 milhões de CPFs no RS e 355.583 em Porto Alegre, segundo dados da Equifax/Boa Vista.

Pessoas jurídicas

A inadimplência das pessoas jurídicas no RS ficou em 12,82% em novembro, avançando 0,19 ponto percentual em relação a outubro. Em Porto Alegre, a taxa foi de 14,53%, um aumento de 0,13 ponto percentual.

O número de empresas negativadas chegou a 181.667 CNPJs no RS e 32.929 em Porto Alegre, conforme levantamento da Equifax/Boa Vista.

De acordo com o economista-chefe da CDL Poa, Oscar Frank, “houve retração expressiva na quantidade de CPFs negativados nos períodos críticos da crise climática (maio e junho). Isso se deveu à injeção de recursos emergenciais e à contenção de gastos das famílias em virtude das limitações à mobilidade. Porém, à medida que o dinheiro em circulação diminui e os gargalos à locomoção se normalizam, os indicadores voltam a sofrer pressão para cima, embora ainda permaneçam abaixo dos níveis registrados em abril”, explicou.

No caso das pessoas jurídicas, o economista destacou o provável impacto do programa Desenrola Pequenos Negócios, que vem permitindo a renegociação de dívidas de micro e pequenas empresas desde abril. Em contrapartida, os empreendedores vêm lidando com a aceleração da inflação ao produtor, que, nos últimos 12 meses, acumulou alta de 6,97% de acordo com a FGV, pressionada pela desvalorização cambial.

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