A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou suas previsões para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil nos próximos dois anos, conforme divulgado em relatório nesta segunda-feira (14). Apesar da redução, o Brasil continua sendo um dos quatro países fora da Opep que mais contribuirão para o crescimento da oferta global em 2024, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá.
Para 2023, a Opep espera um aumento de cerca de 60 mil barris por dia (bpd), totalizando uma média de 4,2 milhões de bpd. O corte de 50 mil bpd nas expectativas deve-se à produção aquém do previsto nos últimos meses.
Embora a Opep projete aumento na produção em campos como Búzios, Tupi e Itapu e o início de novos projetos em 2024, o cartel reconhece que problemas técnicos e operacionais podem atrasar o cronograma de produção das plataformas.
Para o próximo ano, a Opep prevê atrasos causados pelo aumento nos custos de produção offshore, inflação e um arrefecimento do crescimento econômico de curto prazo. Para 2025, a expectativa é de um aumento de 200 mil bpd, totalizando 4,4 milhões de bpd, também representando um corte em relação aos 4,5 milhões de bpd estimados anteriormente.
A produção brasileira de petróleo bruto subiu 110 mil bpd em agosto, alcançando uma média de 3,3 milhões de bpd, embora ainda afetada por manutenção extensiva e problemas operacionais. A produção total de combustíveis líquidos avançou 114 mil bpd em agosto, para uma média de 4,1 milhões de bpd, mas está cerca de 100 mil bpd abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.