Renato e a direção do Grêmio decidiram esperar por Michael, mas provavelmente vão precisar de uma boa dose de paciência. É que o Al Hilal ainda não conseguiu derrubar a punição aplicada pela federação de futebol da Arábia Saudita e segue impedido de contratar novos jogadores. Sem ter condições de buscar atletas, o clube não quer liberar nomes do atual elenco.
Entrei em contato com um dos advogados que trabalha para o Al Hilal. Ele é brasileiro e uma das sumidades no direito esportivo, com clientes na Europa e vários casos no CAS (Corte Arbitral do Esporte) e nos tribunais da própria Fifa. De acordo com o advogado, o clube ainda não teve nenhuma resposta ao pedido de reversão do gancho. E sequer tem previsão.
O grande nó na história é que o pedido dos árabes está nas mãos da federação local. E não em um tribunal, com prazo para apreciação do tema.
O sonho do Al Hilal era derrubar o transfer ban ainda em 2022. O clube tomou a punição depois de um imbróglio envolvendo o Al Nassr, que recentemente contratou Cristiano Ronaldo, e o meia saudita Mohamed Kanno.
Kanno assinou um pré-contrato com o rival do Al Hilal, mas depois seguiu no clube. O Al Nassr cobrou ressarcimento. A federação saudita deu parecer favorável ao reclamante e proibiu o time de Michael de contratar por duas janelas de transferência — na metade de 2022 e na virada para 2023. Desde o segundo semestre do ano passado, a diretoria tenta reverter o caso.
A coluna mostrou que Michael topou reduzir o salário para voltar a trabalhar com Renato. O atacante e o treinador mantêm contato sobre a situação e aguardam novidades. Mas será preciso um pouco mais de paciência.