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Formado na Argentina, médico atuava ilegalmente e sem registro em hospital de Mato Grosso do Sul

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS) investiga um homem, de 42 anos, por exercício ilegal da medicina no Hospital Beneficente Dona Elmíria Silvério Barbosa, em Sidrolândia, município há 73 km de Campo Grande. O CRM/MS segue investigando a situação e o caso está em sigilo.

As denúncias sobre o médico começaram após um dos pacientes verificar o número no carimbo de CRM que constava em uma receita assinada por ele, e não encontrar a credencial do profissional.

Conforme a delegada Cynthia Gomes, responsável pelo caso, o acusado finalizou o curso de medicina fora do país e está em trâmite de regularização dos documentos. Ele usava o número do protocolo de entrada na regulamentação de saúde no carimbo.

“Não estava concluído o processo. Ele não pode atuar, não está autorizado a exercer a medicina no nosso país. As investigações continuam, ele vai ser ouvido e os responsáveis pela contratação também”, explicou a delegada.

 

Se for confirmada a atuação ilegal do médico, os responsáveis pela contratação também serão punidos. Segundo Cynthia, eles serão ouvidos ainda nessa semana.

A presidência do Hospital informou que o médico é brasileiro, se formou na Argentina, exerceu a profissão “por muito tempo” na Bolívia e está aguardando a documentação.

Esta denúncia está totalmente equivocada. Ele já fez o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos) e está com o com provisório. Na verdade ele estava fazendo estágio acompanhado com o médico de Plantão. Não era responsável pelos atendimentos não. É um bom médico, não é falso médico não”, afirmou.

 

A situação segue em apuração pelo Conselho Regional de Medicina, que na manhã de terça-feira (02) compareceu ao local onde o médico estava atuando para fiscalizar a denúncia.

Leia a nota do CRM/MS na íntegra:

O presidente do CRM/MS (Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso do Sul), José Jailson de Araújo Lima, informa que em fiscalização realizada ontem (02), no hospital Elmíria Silvério Barbosa, na cidade de Sidrolândia, foi constatada a atuação de um profissional sem o devido registro no Conselho.

Ao analisar as informações solicitadas, foi identificado que o profissional de nacionalidade brasileira, apresentou ao CRM/MS, comprovação do Revalida, ou seja, revalidação de diploma de curso realizado na Argentina.

No entanto, para que todo o processo de registro junto ao conselho se conclua, é preciso aguardar o prazo de até 45 dias para que a universidade estrangeira confirme ou não que o curso tenha sido concluído.

O prazo tem início a partir do dia em que a entidade encaminha a solicitação à universidade e caso a instituição de ensino não discorde, o registro é efetuado automaticamente. Mas, é importante salientar que todo o processo precisa ser concluído para que a atuação médica possa ser realizada dentro da legalidade.

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