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Hospital é acusado de intolerância religiosa

Foto: Divulgação

Morreu neste fim de semana Jerônimo Rufino dos Santos Junior, de 39 anos, após passar cinco dias internado, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no último dia 31, no Hospital estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte.

Ele era filho de santo da Iyá Paula de Odé, mãe de santo que acusou a direção da unidade de saúde de intolerância religiosa após alegar ter sido impedida de entrar no hospital na ocasião para realizar um ritual com o paciente, que era seu filho de santo.

A direção da unidade negou ter cometido intolerância e afirma que orientou a mãe de santo “seguir o protocolo” da instituição. Neste domingo, o corpo de Jerônimo foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.

Por ser trompetista e torcedor do Flamengo, campeão da Taça Libertadores da América dois dias antes do AVC de Jerônimo, a cerimônia contou com uma charanga, que tocava músicas do time, além de um trompete colocado em cima do caixão.O velório também teve cânticos e rituais de candomblé, religião de Jerônimo, que era ogã.

“É urgente que espaços públicos se responsabilizem pelos intolerantes, é urgente o diálogo entre instituições e o povo de terreiro. Não é sobre o trabalho realizado ou não, é sobre não poder ministrar conforto a ele (Jerônimo) e à família”, lamentou a Iyá Paula de Odé nesta segunda-feira.

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