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Instrutor morre durante voo e copiloto achava que ele estava “fingindo”

Foto: Paul Gilmore / Unsplash

Um instrutor de voo morreu após sofrer uma parada cardíaca, mas seu copiloto pensou que ele estava brincando e só percebeu depois de pousar.

De acordo com um relatório de segurança recém-publicado sobre o incidente, o piloto pensou que o instrutor estava fingindo estar dormindo enquanto a dupla voava em um circuito perto do Aeroporto de Blackpool, em Lancashire, na Inglaterra, em 29 de junho de 2022.

O piloto pediu ao instrutor para acompanhá-lo a bordo do Piper PA-28 por razões de segurança, de acordo com o relatório do Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido.

Antes da decolagem, a dupla conversou normalmente enquanto o piloto taxiava a aeronave para a pista, disse o piloto.

Logo após a decolagem, a cabeça do instrutor rolou para trás. Como os dois se conheciam bem, o copiloto pensou que seu companheiro estava “só fingindo tirar uma soneca” enquanto ele completava o circuito, disse o relatório. Quando o avião deu a volta, o instrutor caiu de modo que sua cabeça descansou no ombro do copiloto.

Depois de pousar com segurança, o piloto percebeu que algo estava errado, e alertou os serviços de emergência do aeroporto, que não conseguiram reanimar o instrutor.

“As pessoas que falaram com ele na manhã do incidente disseram que ele estava normal e alegre e não havia indícios de que ele estava se sentindo mal”, disse o relatório. “As três pessoas que voaram com ele para a aula experimental, pouco antes do voo do incidente, disseram que ele parecia bem e que nada de anormal havia ocorrido.”

O departamento médico da Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido revisou o incidente e o histórico médico do instrutor e concluiu que “pelas evidências fornecidas, é provável que o indivíduo tenha sofrido uma parada cardíaca quando a aeronave decolou”. Ele era conhecido por sofrer de pressão alta, mas estava dentro dos limites regulamentares.

O relatório conclui que, embora nesta ocasião o copiloto do instrutor estivesse qualificado e conseguisse pousar o avião com segurança, o desfecho poderia ter sido bem diferente.

“Nenhum teste ou avaliação pode fornecer uma detecção 100% confiável de problemas cardíacos” e “é necessário encontrar um equilíbrio entre minimizar o risco à segurança do voo e fornecer uma avaliação médica justa e razoável dos indivíduos. A raridade de acidentes causados ​​por eventos cardíacos em voo sugere que esse equilíbrio está atualmente correto.”

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