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Lei Kiss: Assembleia do RS aprova mudanças e acaba com alvará para mais de 700 tipos de imóveis

Incêndio que atingiu a boate Kiss em Santa Maria — Foto: AFP

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, nesta terça-feira (22), mudanças na chamada Lei Kiss, que estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndios nas edificações e áreas de risco de incêndio. Com a sanção do projeto de autoria do governo do estado, não serão mais exigidos alvarás para 732 tipos de imóveis.

A proposta foi aprovada com 39 votos favoráveis e seis contráriosVeja como cada deputado votou abaixo.

O líder do governo de Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) na AL, deputado Mateus Wesp (PSDB), defendeu a aprovação do projeto, citando a desburocratização das normas.

“Isso vai nos oportunizar celeridade, desenvolvimento econômico, desburocratização sem, obviamente, também colocar em risco a nossa legislação de combate e prevenção a incêndios”, diz.

 

Parlamentar de oposição, Luiz Fernando Mainardi, líder da bancada do PT, criticou a proposta, cobrando um debate entre as prefeituras e entidades da área para eventuais correção da lei.

“Nós estamos tratando de preservação de vidas. Tem patrimônio, sim, mas tem preservação de vidas. Depois não adianta reclamar. Como diz o ditado, não adianta reclamar o leite derramado”, fala.

 

A lei original foi aprovada em 2013, no mesmo ano do incêndio que vitimou 242 pessoas na Boate Kiss, em Santa Maria, na Região Central do estado. Em 2016, a AL já havia aprovado flexibilizações na lei, ampliando a validade de alvarás emitidos pelos bombeiros. O prazo para as adequações, que valeria até o final de 2019, foi prorrogado pelo governo até 27 de dezembro de 2023.

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