Nave espacial americana decola do Centro Espacial Kennedy com a missão de pousar na Lua. Empresa responsável, Intuitive Machines, relata sucesso após segunda tentativa privada neste ano, seguindo fracasso anterior em janeiro.
Objetivo da missão “IM-1” é realizar alunissagem suave no satélite natural da Terra e pousar primeiro robô americano desde missões Apollo, há mais de cinco décadas. Módulo de pouso Nova-C, chamado “Odysseus”, decola às 3h06 (Brasília) de quinta-feira a bordo de foguete Falcon 9 da SpaceX. Após separação, módulo é ativado com sucesso, demonstrando estabilidade e estabelecendo contato por rádio.
Lançamento originalmente agendado para quarta-feira, adiado devido a temperaturas anormais detectadas durante abastecimento de combustível do módulo. Módulo de alunissagem equipado com novo tipo de motor para rápida chegada ao destino, evitando exposição prolongada à radiação.
Previsão de chegada ao ponto de alunissagem, Malapert A, em 22 de fevereiro. Nasa espera estabelecer presença de longo prazo na Lua e coletar gelo para água potável e combustível de foguetes como parte do programa Artemis.
Nasa pagou $118 milhões à Intuitive Machines para transporte de equipamentos científicos e cargas adicionais, incluindo arquivo digital do conhecimento humano e esculturas da Lua do artista Jeff Koons. Após pouso, cargas devem operar por sete dias antes do início da noite lunar no polo sul.
Missão IM-1 é segunda iniciativa da Nasa para delegar serviços de carga ao setor privado. Objetivo é reduzir custos e promover economia lunar mais ampla. Diretor da Nasa, Bill Nelson, destaca apoio à economia espacial privada.
Primeira missão privada, da empresa Astrobotic, lançada em janeiro, resultou em vazamento de combustível e destruição deliberada do módulo de pouso. Alunissagem suave é desafio técnico devido a terreno instável e comunicação com a Terra com atraso.
Até o momento, apenas cinco países realizaram alunissagem suave: União Soviética, Estados Unidos, China, Índia e Japão.