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O dia das mães em um abrigo

Foto: Divulgação

Grávida de sete meses, Helena Pereira ficou desabrigada na enchente de setembro do ano passado. Foi para um dos abrigos disponibilizados aos desabrigados. Recorda-se de momentos de grande aflição, mas que foram superados com resiliência e esperança, afinal, uma vida estava prestes a nascer.

No auge da segunda enchente de 2023, a pequena Ana decidiu que era hora de vir ao mundo. Chegou cheia de saúde, trazendo alegria em meio à aflição e ao medo.

Com a recém-nascida nos braços, Helena encontrou uma nova morada, bancada pelo aluguel social, enfrentando com coragem essa nova etapa. Assim que pôde, retomou ao trabalho. Aos 30 anos, Helena é mãe de mais quatro filhos, dando tudo de si por eles. O nascimento de Ana durante a enchente marcou profundamente sua vida, tornando-a mais atenta às condições climáticas e ao estado do rio, alertada pelas redes sociais.

Na terça-feira, 30 de abril, Helena e sua família se deslocaram de casa antes que as águas os atingissem. Abrigados no Pavilhão do Santo Agostinho, aguardam os reparos necessários tanto dentro quanto fora de casa, incluindo a remoção de árvores caídas e destroços, para retornarem ao lar. Enquanto isso, Lucas, o filho mais velho, auxilia na limpeza da casa enquanto sua mãe trabalha. “Por sorte, consegui retirar todas as minhas coisas, mas infelizmente alguns de meus pertences foram furtados”, lamenta Helena.

Lucas, mesmo jovem, se dedica à limpeza da casa enquanto a mãe trabalha, demonstrando seu comprometimento com a família. No domingo Helena vai viver a experiência de passar o dia das mães junto de outras mães, que como ela, estão ansiosas para retornar para suas casas.

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