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Painel com prefeitos e governadores aborda medidas para enfrentamento das mudanças climáticas

Os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do Espírito Santo, Renato Casagrande, foram palestrantes, na manhã desta quinta-feira, 23 de novembro, no segundo dia do Seminário “Realidade das Mudanças Climáticas: os Desafios da Governança e da Reconstrução”, que acontece no auditório Mondercil Paulo de Moraes, na sede institucional do Ministério Público do Rio Grande do Sul. O painel, que teve como tema “Governança”, contou com a mediação do procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, e a presença do conselheiro do CNMP Rinaldo Reis Lima.

Conforme Casagrande, os estados e municípios precisam se preparar para que fiquem mais resilientes às mudanças climáticas. “No Espírito Santo, nós já temos uma realidade de investimento em reflorestamento, que reduz as emissões de carbono, e em energia renovável. Também temos que buscar esclarecer para que todos tenham a compreensão de que enfrentar a realidade de hoje em mudanças climáticas tem a ver com pessoa física, com administração pública, com setor produtivo, pessoa jurídica. Que todos possam estar envolvidos em um tema que não vai sair da nossa pauta nunca mais”, disse o governador.

Renato Casagrande é o presidente do Consórcio Brasil Verde, lançado pelo movimento Governadores pelo Clima em 2022. Falando pelo consórcio, Casagrande ressaltou a importância de que seja elaborada uma carteira de projetos, com estruturação de uma plataforma para que todos os estados tenham a capacidade de apresentar às instituições financeiras nacionais e internacionais a ampliação da sua capacidade de financiamento. “Temos que ampliar muito os nossos investimentos em adaptação, o que significa remover, às vezes, bairros inteiros de um local ou prepará-los com investimento em infraestrutura, contenção de encostas e drenagem, para diminuir o risco”, explicou.

Já Eduardo Leite, também integrante do Consórcio Brasil Verde, destacou a importância de sensibilizar todos aqueles que não compreenderam ainda a urgência da questão climática. “Essa mobilização é o primeiro passo relevante. E em seguida, é poder dar a capacitação, o entendimento de quais são as ferramentas e ações para estruturar a governança e avançar nas ações, que envolvem desde o planejamento técnico, que é complexo, até o seu financiamento. Seja para proteção das cidades, com ações de resiliência para adaptação ao que o clima já está nos apresentando e, claro, ações também para mudar a matriz energética, colaborando na redução das mudanças climáticas”, ressaltou o governador.

Leite falou também sobre o novo Gabinete de Crise Climática (GCC) do Governo do Estado do RS, instituído nesta terça-feira, 21 de novembro, com o objetivo de alcançar a resiliência e a adaptação climática, com atuação transversal e integração de diferentes órgãos.

ENCHENTES NO VALE DO TAQUARI

Antes, os prefeitos dos municípios de Muçum, Mateus Trojan; Lajeado, Marcelo Caumo; e Encantado, Jonas Calvi, haviam apresentado seus relatos acerca das experiências no enfrentamento das enchentes de setembro deste ano e, novamente, desde a semana passada, com a mediação do coordenador do Centro de Apoio Operacional da Ordem Urbanística e Questões Fundiárias, Cláudio Ari Melo.

Assista ao segundo dia do seminário clicando aqui.

FECHAMENTO DO PAINEL GOVERNANÇA

No encerramento do painel Governança, o quinto do evento que iniciou na quarta-feira, o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, fez uma avaliação do evento até o momento. “Os estudiosos e pesquisadores que estamos ouvindo aqui mostraram um pouco do porquê esses eventos estão acontecendo e nos disseram aquilo que nós não gostaríamos de ouvir: que eles vieram pra ficar”, disse. O PGJ encerrou sua fala reforçando que “o Ministério Público brasileiro é e será parceiro dos estados, de todos os governos, na busca das melhores soluções, respeitando os espaços de competência de cada um e trabalhando de uma maneira cooperativa, articulada e propositiva sempre que necessário”.

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