Liderada pelo Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), grupo de dez entidades e Governo do Estado encaminharam um documento ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que destaca a expansão dos parques eólicos como forma de atrair mais investimentos para indústrias competitivas, inovadoras e descarbonizadas.
“Pretendemos através da união de todas as forças do setor, do Governo Estadual, integrado com o Governo Federal, possibilitar a instalação desses Parques Eólicos no Estado, atraindo investidores nacionais e estrangeiros, gerando emprego e renda para diversos setores da economia gaúcha. Inclusive para centenas de proprietários de terras atingidos pela catástrofe”, argumentou a presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal.
De acordo com a presidente do Sindienergia-RS, os levantamentos atuais apontam um forte potencial eólico no Estado, com a existência de dezenas de projetos sólidos. Ela destaca que há aproximadamente 7GW de projetos com licença ambiental. Deste total, 1,5GW possui licença de Instalação e 5,3GW têm Licenças Prévias, além de um mesmo volume de projetos em estudos ambientais avançados, aliados ao fato da existência de conexão elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
As medidas propostas, segundo Daniela Cardeal, não impactarão nos orçamentos do Estado e do País e poderão gerar milhares de empregos. “Além disso, vão trazer condições de permanência e incremento de indústrias de componentes e equipamentos e empresas de prestação de serviços para o setor de energia eólica no país, evitando o desmanche da cadeia produtiva já instalada em outras regiões do Brasil”, afirmou.
O documento entregue ao secretário da Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, reforça o grave momento vivido pela cadeia nacional de indústria de peças e equipamentos para o setor eólico no país. O cenário é originado, principalmente, pela inviabilidade de implantação a curto prazo de usinas eólicas em regiões do Brasil sem margens de conexão no SIN, o baixo consumo regional, dificuldades logísticas de transporte de equipamentos de grande dimensão e custos de geração distantes do centro de carga consumidora.