O ano de 2024 deverá ter o menor número de novos registros de armamento em mais de uma década no Rio Grande do Sul. Até o final de novembro, haviam sido cadastrados 4.785 armas de fogo, queda de 11% em relação a igual período do ano anterior e de quase 65% ante o mesmo intervalo em 2022.
Apesar da redução, o Rio Grande do Sul, que tem a sexta maior população do país, foi o campeão nacional em pedidos para novos registros, com mais do que o dobro em relação ao segundo colocado, Minas Gerais. Esse resultado mantém o RS com o status de unidade federativa mais armada do Brasil, com 524.061 registros, ante 503 mil de São Paulo (que tem população quase quatro vezes maior).
Os números constam em painel interativo alimentado pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, consultado no final de dezembro. Como os dados de 2024 ainda não aparecem consolidados, a reportagem considerou as informações do período entre janeiro e novembro do ano passado e comparou com o mesmo período em anos anteriores.
O painel mostra que os homens ainda predominam entre os proprietários de armas, sendo responsáveis por 94,4% dos registros em 2024 no Estado.
Mais da metade dos novos cadastros são referentes à aquisição de pistolas, enquanto espingardas representam um quinto do montante. Sediada no Rio Grande do Sul, a Taurus é a fabricante campeã em registros de armamento entre janeiro e novembro, com quase 50% dos itens.
Considerando dados de todo o país, houve 21.913 registros de armas nos 11 meses do ano cujos dados estão disponíveis no painel do Sinarm, uma queda de quase 18% na comparação com o mesmo período de 2023.
Entre janeiro e novembro de 2022, último ano do governo Bolsonaro, foram registradas no país 129.848 armas, quase seis vezes mais do que no mesmo período do ano passado.