Cristian André Prade, servidor público de Roca Sales, foi demitido após ser alvo de suspeitas de desvio de doações destinadas às vítimas da enchente ocorrida em setembro do ano anterior. O prefeito Amilton Fontana (MDB) acatou o resultado do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), resultando na destituição de Prade do cargo de biólogo do município.
A decisão foi formalizada através de uma portaria publicada no dia 4 deste mês. Segundo a portaria, as atitudes de Prade foram consideradas incompatíveis com os deveres funcionais previstos na Lei 802/07, especialmente no que diz respeito à improbidade administrativa e ao uso do cargo para benefício próprio.
O processo de investigação teve início em outubro, conduzido por uma comissão composta por representantes de diversos setores da Administração Municipal. Durante esse período, Prade ficou afastado de suas funções.
Relembre o caso:
Prade foi preso em flagrante no dia 20 de setembro após voluntários desconfiarem da orientação dada por ele para entrega de materiais de doação em uma propriedade particular. Após acionarem a Brigada Militar, uma carga de milho e ração, avaliada em R$ 9 mil, foi encontrada na propriedade de Prade, localizada na Linha Marquês do Herval. Apesar de ter sido preso inicialmente, Prade foi posteriormente liberado por meio de habeas corpus.
O servidor, que atuava na Secretaria do Meio Ambiente do município há mais de 10 anos, também enfrenta acusações judiciais. Em novembro, tornou-se réu em uma ação por Peculato, configurada pela apropriação indevida de propriedade pública, cujo processo ainda está em andamento.