A região Sul, compreendendo os estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tinha 193 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil em 2023, revelou hoje a pesquisa PNAD Contínua, do IBGE, para esse indicador.
A região Sul só fica atrás da Centro-Oeste (145 mil) em número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. No sentido contrário, Nordeste (506 mil), Sudeste (478 mil) e Norte (285 mil) anotaram os maiores contingentes.
Proporcionalmente, a região Sul tem o segundo menor índice de crianças e adolescentes em trabalho infantil (3,8%), atrás apenas da região Sudeste (3,3%). Já o Norte (6,9%), Centro-Oeste (4,6%), Nordeste (4,5%) tiveram os maiores números neste sentido.
Como se dividem os dados por idade no Sul:
5 a 13 anos – 22 mil
14 ou 15 anos – 41 mil
16 ou 17 anos – 130 mil
Trabalho infantil atingiu menor percentual em 2023 no Brasil
A proporção de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil em todo o Brasil era de 5,2%, em 2016, e foi para 4,5%, em 2019. Em 2022, essa prevalência interrompeu a sequência de quedas observadas na série histórica e subiu para 4,9%. Já em 2023, esse indicador voltou a cair, chegando a 4,2%, o menor percentual da série histórica.
No Brasil, em 2023, havia 1,852 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade que trabalhavam em atividades econômicas ou na produção para o próprio consumo. Destas, 1,607 milhão estavam em situação de trabalho infantil.
Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho infantil é aquele que é perigoso e prejudicial à saúde e ao desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização. O conceito de trabalho infantil considera a faixa etária, o tipo de atividade, as horas trabalhadas, a frequência à escola, a periculosidade e a informalidade.