Ícone do site FORÇA DO VALE

Comitê da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas aprova plano para minimizar efeitos das inundações.

Lucas George Wendt/Unsplash

Na última sexta-feira (13), em Garibaldi (RS), o Comitê da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas (CBH Taquari-Antas) aprovou de forma unânime o Plano de Bacia dos Rios Taquari-Antas, um marco importante para a gestão dos recursos hídricos na região. A bacia abrange 119 municípios, concentra cerca de 20% do PIB do estado e tem uma população aproximada de 1,4 milhão de pessoas. O processo de elaboração do plano iniciou em outubro de 2010, com as fases “A” (Diagnóstico e Prognóstico dos Recursos Hídricos) e “B” (Cenários Futuros para a Gestão dos Recursos Hídricos e Enquadramento das Águas Superficiais), concluídas em 2012. Contudo, foi somente em 2023, devido aos impactos dos eventos hidrológicos de excesso de precipitação e suas consequências no início de 2024, que o Comitê, em articulação com o Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria do Meio Ambiente (DRHS/SEMA), finalizou a Fase C e concluiu o plano. Esta fase contou com a colaboração ativa da sociedade.

O Plano de Bacia estabelece quatro grandes eixos de atuação: Qualidade da Água, Gestão de Eventos Críticos e Mudanças Climáticas, Recuperação e Manutenção de Áreas Verdes e Desenvolvimento Institucional, Comunicação Social e Governança. Esses eixos são compostos por 11 programas e 59 ações, que têm como foco principal a recuperação da qualidade da água, a melhoria da gestão dos recursos hídricos, a promoção da preservação ambiental e a garantia da disponibilidade de água para usos múltiplos ao longo do tempo.

Com uma área de drenagem de aproximadamente 26,5 mil km² — o que corresponde a cerca de 10% do território do Rio Grande do Sul — a bacia dos rios Taquari-Antas é de grande relevância socioeconômica e ambiental. A região apresenta uma topografia variada, com altitudes que vão desde mais de 1.000 metros nas cabeceiras dos rios até 5 metros na foz.

Esse plano aprovado é uma ferramenta essencial para planejar e priorizar ações visando reduzir os efeitos dos eventos climáticos extremos recentes. Ele também reforça a importância de uma gestão eficaz dos recursos hídricos, com ênfase na gestão de eventos críticos e nas mudanças climáticas. Além disso, o documento estabelece metas e objetivos de curto, médio e longo prazos, orientando a sociedade e os gestores públicos na recuperação, proteção e preservação dos recursos hídricos da região.

Sair da versão mobile