A China realizou nesta segunda-feira (14) as maiores manobras militares já registradas ao redor de Taiwan, de acordo com o Ministério da Defesa taiwanês. Durante os exercícios, que fazem parte de uma nova série de treinamentos militares anunciada por Pequim, foram utilizados bombardeiros equipados com munição, segundo a emissora estatal chinesa CCTV.
O Ministério da Defesa de Taiwan informou que 125 aeronaves e 17 navios de guerra chineses foram detectados próximos à ilha. Entre as aeronaves, estavam bombardeiros H-6K armados. No entanto, o governo chinês afirmou que não houve uso de fogo real, nem violações dos espaços aéreo e marítimo de Taiwan, embora as manobras tenham aumentado as tensões entre Pequim e Taipei.
Os Estados Unidos e a União Europeia criticaram as ações chinesas, enquanto a Rússia, aliada de Pequim, enviou seu ministro da Defesa à capital chinesa no mesmo dia. O Pentágono classificou os exercícios como “irresponsáveis, desproporcionais e desestabilizadores.”
Pequim declarou que as manobras, chamadas de “Joint Sword-2024B”, foram um “aviso” contra o que chamou de “atos separatistas” de Taiwan e serviram para testar a capacidade operacional das tropas. Os exercícios ocorreram no Estreito de Taiwan, além de áreas ao norte, sul e leste da ilha. Taiwan, por sua vez, criticou os testes, descrevendo-os como “provocativos” e afirmou ter respondido com forças adequadas para garantir a defesa da soberania e da democracia.