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Equador em estado de guerra enfrenta terror do tráfico pelo 3º dia

Equador em estado de guerra enfrenta terror do tráfico pelo 3º dia | Foto: AFP / CP

Equador enfrenta, pelo terceiro dia consecutivo, o poder do narcotráfico, resultando em retaliações violentas. Quadrilhas criminosas mantêm mais de uma centena de policiais e funcionários penitenciários reféns, agrediram jornalistas e realizaram ataques armados com 14 mortes registradas até o momento.

O presidente Daniel Noboa declarou o país em “conflito armado interno” e afirmou que estão em um “estado de guerra”. Militares protegem a sede presidencial, e o Parque La Carolina em Quito está vazio. O epicentro da violência é Guayaquil, cidade portuária que se tornou central no tráfico de drogas. Organizações criminosas ligadas a cartéis do México e da Colômbia estão envolvidas, com ações como a invasão a um canal de televisão na terça-feira.

O presidente anunciou uma guerra frontal contra cerca de vinte organizações criminosas, totalizando mais de 20 mil membros, atribuindo status de “beligerante” às quadrilhas. O terror se intensificou após a fuga de “Fito”, líder da principal quadrilha Los Choneros. Um estado de exceção e toque de recolher obrigatório foram decretados, enquanto soldados e polícias buscam os criminosos foragidos.

Internacionalmente, os Estados Unidos e países vizinhos expressaram preocupação. O Peru declarou estado de emergência em sua fronteira, a Colômbia militarizou a região fronteiriça, e diversos países condenaram a violência. O Equador, outrora protegido do narcotráfico, tornou-se um novo alvo, com 20 quadrilhas disputando o controle do território. O ano de 2023 registrou altos índices de homicídios e apreensão de drogas, desafiando a promessa do presidente Noboa de enfrentar o tráfico com firmeza.

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