A guerra na Faixa de Gaza completa neste domingo (26) 51 dias, tornando-se o maior conflito desde 2005, quando Israel se retirou voluntariamente do território palestino, que havia ocupado a partir de 1967. Em 2014, os combates duraram 50 dias.
De 1967 (Guerra dos Seis Dias) a 2005, a Faixa de Gaza fazia parte dos territórios palestinos, juntamente com a Cisjordânia, e estava sob administração militar israelense. Naquele período, houve hostilidades na região, como as duas Intifadas (1987-1993 / 2000-2005).
Porém, desde que conquistou o status presente — com a administração do grupo terrorista Hamas a partir de 2007 —, o enclave não havia vivido uma guerra tão longa.
O conflito atual iniciou-se em 7 de outubro, como resposta de Israel ao ataque-surpresa promovido pelos terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica em solo israelense. Os extremistas mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram em torno de 240.
Naquele mesmo dia, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas e prometeu eliminar os terroristas do enclave palestino.
“Nosso primeiro objetivo é eliminar as forças hostis que se infiltraram em nosso território e restaurar a segurança e a tranquilidade nas comunidades que foram atacadas. O segundo objetivo, ao mesmo tempo, é impor um preço imenso ao inimigo, dentro da Faixa de Gaza também. O terceiro objetivo é reforçar outras frentes para que ninguém se engane ao se juntar a esta guerra”, disse o premiê em 7 de outubro.
Milhares de reservistas foram convocados pelas Forças Armadas israelenses, e um gabinete de guerra foi montado, composto pelo primeiro-ministro, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e pelo líder da oposição, Benny Gantz.
Os bombardeios começaram ainda naquele sábado e continuaram até a última sexta-feira (24), quando entrou em vigor uma trégua, inicialmente, de quatro dias, acordada entre Israel e o Hamas, com intermediação do governo do Catar. A negociação envolve a libertação de pelo menos 50 reféns israelenses em troca de 150 presos palestinos.
Apesar da trégua em vigor, o ministro da Defesa garantiu que as ações militares no território vão continuar após o fim do período acordado entre as partes.
No começo de novembro, Israel começou uma incursão por terra na Faixa de Gaza, tendo isolado o norte do sul do território. Foram destruídas diversas bases, bem como centenas de entradas de túneis, das organizações terroristas que operam na região.
Organizações de ajuda humanitária que atuam em Gaza estimam que 15 mil pessoas tenham morrido no território, entre civis e terroristas.