Israel afirmou que está planejando uma resposta “surpresa” e “precisa” ao ataque lançado pelo Irã contra o país na terça-feira (1º).
Nesta quarta (2), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, declarou que a ação militar contra Israel está concluída, salvo em caso de retaliação. Ele disse também que o ato foi um exercício do direito de autodefesa do Irã.
A troca de agressões entre Israel e o grupo extremista Hezbollah, apoiado pelo Irã, prossegue no Líbano. Nesta quarta, foram registrados ataques aéreos em Beirute e outras cidades.
Também nesta quarta, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou “persona non grata” o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, que fica proibido de entrar no país do Oriente Médio. De acordo com Katz, a decisão se deu pela recusa de Guterres em condenar “de forma inequívoca” os ataques iranianos realizados na terça.
O Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel. Projéteis cruzaram os céus de cidades importantes, como Tel Aviv e Jerusalém. Boa parte do ataque foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel. Não houve registro de mortes ou grandes estragos.
Diante do ataque, os militares israelenses emitiram uma ordem para que a população procurasse por abrigos e bunkers. Sirenes de aviso tocaram por todo o país. O espaço aéreo também foi fechado.
Após o bombardeio, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a ação iraniana como um “grande erro” e afirmou que o Irã irá “pagar” pelo ataque.
Vários países, como Estados Unidos, Reino Unido e França, condenaram o ataque do Irã contra Israel. A comunidade internacional voltou a pedir o fim da escalada do conflito no Oriente Médio.