O Exército de Israel ordenou neste domingo (3) a evacuação de novas áreas em torno de Khan Yunis, a segunda maior cidade da Faixa de Gaza.
De acordo com os moradores, o Exército distribuiu panfletos que diziam às pessoas que se deslocassem para o sul, em Rafah (fronteira com o Egito), ou para uma área costeira no sudoeste
“A cidade de Khan Yunis é uma zona de combate perigosa”, informam os comunicados. Isso ocorre à medida que os israelenses deslocam sua ofensiva para a metade sul do território, onde afirmam que há líderes do Hamas escondidos.
Bombardeios intensos foram relatados durante a madrugada e pela manhã deste domingo (3) na área de Khan Yunis e em Rafah, no sul, além de partes do norte que tinham sido o foco da intensiva campanha aérea e terrestre de Israel. Muitos dos 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza estão concentrados no sul, após as forças israelenses terem ordenado a civis que deixassem o norte nos primeiros dias da guerra.
Neste sábado (2), bombardeios destruíram um bloco de cerca de 50 prédios residenciais no bairro de Shijaiyah, na cidade de Gaza, e um prédio de seis andares no campo de refugiados urbanos de Jabaliya, no norte da cidade, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
O principal hospital em Khan Yunis recebeu pelo menos o corpo de três mortos e dezenas de feridos na manhã deste domingo (3), em virtude de um ataque israelense que atingiu um prédio residencial, conforme relatado por um jornalista da Associated Press no hospital.
Separadamente, 31 corpos de pessoas mortas nos bombardeios israelenses em áreas centrais da Faixa de Gaza foram levados para o hospital Al-Aqsa Martyrs, na cidade central de Deir al-Balah, informou Omar al-Darawi, um funcionário administrativo desse hospital.
Com a retomada dos combates, as esperanças por um novo cessar-fogo temporário diminuíram. A trégua de uma semana, que chegou ao fim na sexta-feira (1º), facilitou a libertação de dezenas de reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza, assim como a de palestinos aprisionados por Israel.
“Continuaremos a guerra até alcançarmos todos os seus objetivos, e é impossível alcançar isso sem a operação terrestre”, afirmou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em pronunciamento realizado na noite deste sábado (2).
Uma terceira leva, de 17 reféns, foi libertada da Faixa de Gaza neste domingo (26) pelo grupo terrorista palestino Hamas. Entre essas pessoas, há 14 israelenses e três estrangeiros. Em troca, Israel vai libertar de suas prisões 39 palestinos condenados por terrorismo