O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta sexta-feira (8) ter contabilizado que 8.119 das mais de 34 mil mortes registradas durante os primeiros seis meses de massacre israelense na Faixa de Gaza – hoje passam de 43 mil – e concluiu que “quase 70% eram crianças e mulheres”.
“Acreditamos que isto é representativo da distribuição do número total de mortos. Uma proporção similar à que foi anunciada pelas autoridades de Gaza”, território palestino governado pelo Hamas, declarou à AFP Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado.
Entre as mortes verificadas, 3.588 eram crianças e 2.036 mulheres.Segundo o relatório, a proporção de mulheres e crianças indica “uma violação sistemática dos princípios fundamentais do direito internacional humanitário, em particular a distinção e a proporcionalidade”.
“Este nível sem precedentes de mortos e feridos entre os civis é consequência direta doa violação dos princípios fundamentais do direito internacional humanitário”, denunciou o Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, em um comunicado.
A ofensiva israelense em Gaza já causou pelo menos 43.469 mortes, em sua maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza.