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Sete pessoas morrem durante ataque do Paquistão contra grupo separatista no Irã

Foto: Reprodução

O Paquistão realizou ataques contra alvos de um grupo militante separatista no Irã nesta quinta-feira (18), conforme confirmado por uma autoridade da inteligência paquistanesa. O governo iraniano relatou a morte de pelo menos sete pessoas, incluindo três mulheres e quatro crianças, após mísseis paquistaneses atingirem uma vila na província de Sistão-Baluchistão, no sudeste do país, próxima à fronteira com o Paquistão.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão declarou que os ataques visaram “esconderijos terroristas” identificados no território iraniano. Os alvos pertencem à Frente de Libertação Balúchi, que busca a independência da província paquistanesa do Baluchistão. Em comunicado, o governo paquistanês afirmou respeitar a soberania e integridade territorial do Irã, destacando que os ataques tiveram como objetivo garantir a segurança nacional.

Esses eventos ocorrem dois dias após o Irã atacar uma base de um grupo rebelde no Paquistão, alegando invasão do espaço aéreo e resultando na morte de duas pessoas, segundo o governo paquistanês. Após o incidente, o governo do Paquistão expressou preocupações sobre as “sérias consequências” e classificou o ataque iraniano como “complementarmente inaceitável”.

Além disso, o Irã também realizou ataques na Síria e no Iraque durante a semana, justificando as ações como resposta a um atentado terrorista que causou a morte de 84 pessoas no início do mês, de acordo com o governo iraniano.

Crise no Oriente Médio

Troca de ataques entre Irã e Paquistão é parte da escalada da crise regional. Tensões surgiram com a guerra entre Israel e Hamas em 2023. Grupos como Hezbollah e Houthis, apoiados pelo Irã, envolveram-se, ampliando a crise. EUA e Reino Unido bombardearam Houthis no Iêmen após ataques a navios. Irã acusa Israel de assassinar seus comandantes e lançou mísseis contra alvos na Síria, Iraque e, mais recentemente, no Paquistão, alegando que o grupo rebelde Jaish al-Adl é financiado por Israel.

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