A Polícia Civil gaúcha cumpriu nesta quarta-feira (15) um mandado judicial em Palhoça, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina. O objetivo foi dar continuidade a uma investigação sobre lavagem de dinheiro por parte de um ex-analista do Banrisul suspeito de desviar valores de correntistas mortos.
O investigado, que foi desligado das funções após uma auditoria interna do banco, teria repassado dinheiro para contas de familiares e adquirido um imóvel para lavar pelo menos R$ 231 mil entre os anos de 2015 e 2019. Segundo inquérito instaurado, foram 136 movimentações financeiras indevidas.
O nome do ex-servidor não foi divulgado, mas a polícia informa que não houve pedido de prisão contra ele. O suspeito responde em liberdade por peculato — que é quando um funcionário público desvia valores em proveito próprio — e agora também por lavagem de capitais.
A investigação é conduzida pelo titular da Delegacia de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Filipe Bringhenti. De acordo com ele, a apuração ocorreu logo depois que foi feita uma notícia-crime por parte do Banrisul.
O delegado acredita que, após desviar saldos restantes que estavam nas contas de pessoas falecidas, o investigado precisava ocultar o dinheiro obtido de forma ilícita. Desta forma, teria começado a repassar os valores para contas de alguns familiares — que também serão investigados — e, depois, recebeu de volta o montante.
O valor exato chegou a R$ 231,9 mil e, conforme a investigação, foi usado para a compra da casa que foi alvo de busca em Palhoça. Bringhenti apura se o dinheiro foi usado na aquisição de outros bens ou se ainda há valores que não foram usados. O imóvel em Santa Catarina também foi indisponibilizado judicialmente para comercialização. A investigação continua.