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Brasil tem 24 ataques em escolas nas últimas duas décadas; relatório cobra políticas públicas

Foto: Divulgação

Subiu para 24 o número de ataques violentos a escolas do Brasil desde 2002. Um estado, ainda em andamento, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) havia contabilizado 23 casos até março deste ano. O caso mais recente aconteceu nesta terça-feira (5) em uma creche em Blumenau, Santa Catarina.

O ataque a creche, que deixou 4 crianças mortas e outras cinco feridas, reacendeu a discussão sobre a necessidade de reforçar as políticas públicas para combater a violência no ambiente escolar.

O atentado é o segundo no país em menos de duas semanas, quando uma professora morreu esfaqueada em uma escola estadual de São Paulo.

Relatório entregue ao governo federal chegou a propor uma série de medidas para lidar com essa questão, como intensificar o monitoramento da internet para identificar discursos violentos. (Veja mais detalhes abaixo.)

O levantamento foi organizado pelo professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Cara, que é dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e integrou o grupo de transição do governo Lula na área da educação.

No estudo, ele destaca a ação de grupos extremistas através de canais na internet para cooptar jovens vulneráveis e difundir ideias preconceituosas e violentas, o que pode explicar o aumento de casos de ataques às escolas.

Após o ataque em São Paulo, o ministro da Educação, Camilo Santana, propôs a criação de um grupo interministerial para tratar de questões relacionadas a ataques em escolas.

Políticas públicas contra a violência escolar

O estudo traz uma lista de medidas a serem adotadas por diferentes atores, incluindo:

Para os governos:

  • Monitorar sites, redes sociais, comunicadores instantâneos e fóruns anônimos.
  • Manter canais de comunicação direto com as escolas e redes públicas de ensino.
  • Criar uma política pública que proporciona a possibilidade da ressignificação da educação.

Para pais e responsáveis:

  • pais e responsáveis precisam de orientações e instrumento para detectar alterações comportamentais dos filhos;
  • também devem observar o conteúdo digital consumido por crianças e adolescentes.

Para as escolas:

  • Realizar diagnósticos sobre a situação das violências nas escolas.
  • Assumir um trabalho pedagógico em educação crítica e de combate à desinformação.

 

 

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