Após a identificação do corpo do jovem Brian Grandi, 20 anos, a Polícia Civil segue o trabalho de investigações. Ele estava desaparecido desde a madrugada de segunda-feira (20), quando cabos de sustentação da ponte pênsil entre Torres-RS e Passo de Torres (SC) cederam e a estrutura virou. Dezenas de pessoas caíram na água. Dois inquéritos foram instaurados, sendo um no Rio Grande do Sul e outro em Santa Catarina.
Até então, a situação era considerada como um caso de lesão corporal, já que as pessoas que estavam na ponte tiveram apenas lesões leves. No entanto, com a confirmação da morte de Brian, o caso passa a ser tratado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar) pelas autoridades.
— Com um óbito confirmado, o caso passa a ser homicídio culposo. Vamos investigar e, daqui a pouco, pode haver alguma situação envolvendo as prefeituras, até porque ambas eram responsáveis pela manutenção da ponte — afirma o delegado Maurício Pretto, responsável pela delegacia de Passo de Torres.
No Rio Grande do Sul, a investigação, a princípio, também seguirá a linha de homicídio culposo, informa o delegado Marcos Vinicius Muniz Veloso, responsável pelo caso na Delegacia de Polícia de Torres.
Ainda de acordo com o delegado Maurício Pretto, o incidente envolve três fatores: a superlotação (a polícia trabalha com uma estimativa de 60 pessoas em cima da ponte no momento), a ação dos ocupantes, que balançaram a ponte e, principalmente, o estado de conservação da estrutura.
Ainda não há a comprovação de que Brian estava no local no momento que a ponte cedeu. Por outro lado, todos os indícios da investigação apontam para isso, segundo o delegado. Os laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) e do Instituto Médico Legal (IML) devem ajudar a polícia a elucidar essa constatação.