A Polícia Civil investiga se a mulher grávida de sete meses que morreu em um ataque a tiros na zona sul de Porto Alegre, na noite de domingo (30), era alvo dos criminosos ou foi morta por engano. Milena Ouriques Marques, 34 anos, foi baleada por indivíduos que efetuaram disparos contra um grupo de pessoas no bairro Vila Nova. O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital (DPHPP).
Além de Milena, outra mulher que estava no local foi atingida na região do tórax e encaminhada para atendimento. Ela não corre risco de morte.
A investigação ocorre sob sigilo, por isso, a Polícia Civil evita divulgar detalhes sobre o caso. A reportagem apurou que a região onde ocorreu o crime, perto de um pequeno mercado na Rua João Locatelli da Silva, é usada por criminosos que atuam no tráfico de drogas. As equipes investigam se Milena era o alvo da ação e, neste caso, qual a possível motivação. A polícia ainda apura se o ataque foi motivado por desavenças ligadas ao crime ou por questões pessoais.
— Neste momento, não descartamos que ela pudesse ser o alvo, mas também é possível que fosse outra pessoa do local. Nossa principal linha de investigação é de que a ação foi determinada pelo crime organizado. Sendo assim, há um mandante. Queremos identificar e responsabilizar duramente não somente os executores do crime, mas principalmente quem deu a ordem para que ocorresse — afirma o diretor do Departamento Estadual de Homicídios, delegado Mario Souza.
Souza avalia que a maneira como a ação se deu é “especialmente grave”:
— Chama atenção o modus operandi adotado pelos criminosos, de efetuar disparos de dentro do veículo, contra um grupo de pessoas. Toda ação criminosa é grave, mas a execução desse tipo é especialmente grave, porque pode atingir diversas pessoas.
O ataque ocorreu por volta das 20h de domingo, quando indivíduos a bordo de um veículo passaram atirando contra um grupo de pessoas na rua, perto de um estabelecimento comercial no bairro Vila Nova.