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Joias da Arábia Saudita: Bolsonaro depõe à Polícia Federal

O delegado Adalto Machado vai ouvir Bolsonaro | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede da Polícia Federal (PF) em Brasília para depor sobre o caso das joias da Arábia Saudita. A oitiva teve início às 14 horas desta quarta-feira, 5. Além do ex-chefe do Executivo, deve depor o tenente-coronel Mauro Cid.

Vão conduzir o depoimento o delegado Adalto Machado, responsável pelo inquérito na PF de São Paulo, e um profissional da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) — setor que fica no prédio central da corporação, em Brasília. Machado conduz o caso desde a instauração do inquérito na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF de São Paulo.

O tenente da Marinha Marcos André Soeiro, ex-assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque é quem tentou entrar com as joias no país. As joias foram apreendidas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

O caso

Em 2021, o governo brasileiro tentou entrar no Brasil com um conjunto de colar, anel, relógio e brincos de diamantes, avaliado em € 3 milhões — o equivalente a R$ 16,5 milhões. Esses produtos seriam presentes do governo da Arábia Saudita para Bolsonaro e para a então primeira-dama, Michelle.

Albuquerque disse que teve conhecimento do que eram os presentes apenas ao chegar ao Aeroporto de Guarulhos. Até então, a caixa com os objetos estava lacrada. Nem mesmo as autoridades da Arábia Saudita informaram o que havia nos pacotes, conforme o ex-ministro de Minas e Energia. Por causa da exigência de pagamento de imposto de importação e multa, os itens ficaram retidos na Receita Federal (RF).

Depois da repercussão do assunto, o ex-secretário Fabio Wajngarten divulgou um documento que mostra um agradecimento de Albuquerque à Arábia Saudita. No texto, o ex-ministro afirma que os objetos seriam “incorporados ao acervo oficial brasileiro”.

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