Em uma lista que inclui nomes de peso como Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), a Justiça Eleitoral brasileira tem cassado, em média, um deputado a cada duas semanas desde o início deste ano.
Até terça-feira (30), nove representantes eleitos para a atual legislatura foram alvo de decisões pela perda de mandato: dois deputados federais – Deltan e Crivella – e sete estaduais. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (31) pelo jornal O Globo.
No dia 16 de maio, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu, com base na Lei da Ficha Limpa, pela cassação de Dallagnol. A Corte entendeu que o ex-procurador responsável pela Operação Lava-Jato deixou o Ministério Público para escapar de possíveis punições em processos administrativos.
Também em maio, a Justiça Eleitoral fluminense decidiu pela cassação de Crivella. A juíza Márcia Capenema pediu a inelegibilidade do ex-prefeito do Rio e a perda da sua cadeira na Câmara Federal devido a um esquema que ficou conhecido como “Guardiões do Crivella”.
Nas Assembleias Legislativas, as cassações são ainda mais frequentes. Somente na terça-feira, quatro deputados estaduais do PL receberam a punição do TRE-CE (Tribunal Regional Eleitoral do Ceará) por fraude na cota de gênero. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro teria inscrito três candidaturas fictícias de mulheres na nominata.