As ações da Petrobras caíram significativamente na Bolsa de Valores devido a sugestões do presidente da empresa, Jean Paul Prates, sobre uma possível mudança na distribuição de dividendos. Os papéis ordinários recuaram 5,39%, enquanto os preferenciais tiveram uma queda de 5,16%, resultando em uma desvalorização total de R$ 29,9 bilhões em valor de mercado em um único dia.
A Petrobras esclareceu em nota que ainda não houve decisão definitiva sobre a distribuição de dividendos, e que o assunto será discutido em assembleia de acionistas em abril, conforme a nova Política de Remuneração aos Acionistas aprovada pelo conselho de administração. Prates destacou em entrevista à Bloomberg a importância de ser cauteloso na remuneração dos acionistas, especialmente enquanto a empresa busca atuar mais no setor de energia renovável. Esta declaração surpreendeu os investidores, que não esperavam uma mudança tão significativa na política de dividendos da empresa.
Analistas expressaram preocupação com possíveis retornos menores devido ao direcionamento de recursos para investimentos em energia renovável, que geralmente oferecem retornos mais modestos a curto prazo. A incerteza sobre os dividendos da Petrobras ressurgiu após um período de recordes de valor de mercado e expectativas positivas sobre a distribuição de proventos aos acionistas. Bancos como Goldman Sachs e BTG Pactual haviam sugerido a possibilidade de a companhia continuar pagando dividendos extraordinários. A proximidade da divulgação dos resultados de 2023 aumenta as preocupações dos investidores, que agora aguardam mais informações sobre a política de dividendos da Petrobras.