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Trump diz que sabe quem escolherá para vice em disputa presidencial

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Donald Trump disse na quarta-feira (10) que sabe quem quer como candidato a vice-presidente da chapa na disputa pela Presidência dos Estados Unidos em 2024 e que seu compromisso com a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) dependerá de como os europeus tratam os EUA.

Na liderança da disputa pela indicação para ser o candidato do Partido Republicano à Casa Branca, Trump foi questionado por âncoras em uma entrevista ao vivo da Fox News sobre quem estava sendo considerado para vice-presidente em sua chapa.

“Na verdade, não posso lhes dizer isso. Quero dizer, eu sei quem será”, disse Trump à uma reunião com eleitores republicanos em Des Moines, no estado de Iowa, cinco dias antes da disputa primária pela nomeação da sigla no estado.

Em uma pergunta posterior, Trump foi questionado se ele estaria disposto a fazer um acordo com qualquer um de seus rivais na disputa republicana, ao que ele respondeu: “Claro que sim”.

As especulações sobre um companheiro de chapa se concentraram em parte em Elise Stefanik, uma aliada de Trump e quarta republicana mais importante na Câmara dos Deputados, e em Nikki Haley, uma rival que foi embaixadora da ONU de 2017 a 2018 durante o governo Trump.

Trump foi questionado também sobre sua posição em relação à Otan — uma pergunta que se seguiu à revelação, na quarta-feira (10), de que o ex-presidente disse a altas autoridades europeias, enquanto estava na Casa Branca, que os Estados Unidos nunca ajudariam a Europa se o continente fosse atacado.

“Depende se eles nos tratarem adequadamente”, disse Trump quando perguntado pelos âncoras da Fox News sobre seu compromisso com a aliança. “Veja, a Otan se aproveitou do nosso país. Os países europeus se aproveitaram.”

Durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump entrou repetidamente em conflito com aliados tradicionais sobre comércio e gastos com defesa.

A reunião de Trump com eleitores, que concorreu com a transmissão de um debate entre os pré-candidatos republicanos à Casa Branca do qual ele se recusou a participar, mas que teve as presença de Haley e do governador da Flórida, Ron De Santis, aconteceu poucas horas depois que o ex-governador de Nova Jersey, Chris Christie, desistiu de sua candidatura.

Christie não conseguiu ganhar impulso em uma campanha centrada em críticas ferozes às políticas e ao caráter de Trump, e o ex-presidente foi questionado se o consideraria como companheiro de chapa.

“Não estou vendo isso”, disse ele. “Isso seria uma reviravolta, Christie para vice-presidente.”

Trump mantém uma liderança dominante na disputa para ser o candidato republicano contra o presidente Joe Biden na eleição de 5 de novembro, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos de âmbito nacional concluída na terça-feira (9). A pesquisa o colocou com 49%, à frente de Haley, com 12%, e DeSantis, com 11%.

Trump disse que não estava preocupado com a possibilidade de o apoio de Christie na primária de New Hampshire — estimado em 12% em um agregado de números de pesquisas da RealClearPolitics — passar para Haley, que está com 29%. Trump está na liderança no estado com 43%.

A base de apoio de Christie estava muito concentrada em New Hampshire, o estado do nordeste dos EUA que realiza a segunda disputa de nomeação republicana em 23 de janeiro, depois de Iowa na segunda-feira (15).

“Não estou exatamente preocupado com isso”, disse Trump. “Eu amo as pessoas. Elas me amam, eu acho.”

Trump observou que Christie foi ouvido na quarta-feira prevendo que Haley “seria derrotada” na disputa e que “não estava à altura” do cargo de presidente, dizendo que concordava com Christie.

“Eu a conheço muito bem e acredito que Chris Christie está certo. Na verdade, essa é uma das poucas coisas em que ele está certo”, disse ele.

Em seu debate, DeSantis e Haley tentaram emergir como a alternativa clara a Trump, poucos dias antes de os primeiros votos da campanha serem lançados. Mas com o ex-presidente ausente mais uma vez do palco do debate, os rivais concentraram grande parte de sua munição um no outro, em vez de em Trump, o líder da disputa.

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