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Frente das Associações de Bovinos do Brasil repudia campanha contra leite de vaca

No vídeo, compartilhado nas plataformas de mídia social, Márcio Garcia acusa a indústria do leite de maus-tratos.

Vídeo no final da matéria.

A Frente das Associações de Bovinos do Brasil (Fabb) emitiu, no fim da tarde de segunda-feira (28), uma nota de repúdio contra uma campanha lançada pela organização Mercy For Animals, organização internacional dedicada a combater a exploração de animais para consumo. Nesta ação, o ator e apresentador Márcio Garcia faz duras críticas ao consumo de leite de vaca.

No vídeo da campanha, compartilhado nas plataformas de mídia social, Garcia acusa a indústria do leite de maus-tratos. “Será que todo este sofrimento vale mesmo a pena por um copo de leite de vaca?”, questiona.

De acordo com a FABB, que reúne 14 associações de raças detentoras de registros bovinos, o material divulgado em larga escala nas plataformas digitais falta com a verdade e induz o consumidor a acreditar que o processo de produção leiteira é um problema, quando de fato, se trata de importante meio para a segurança alimentar no mundo.

“A Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB) repudia veementemente o vídeo do ator Márcio Garcia publicado em redes sociais com informações equivocadas sobre a origem do leite.

O material disseminado em larga escala na web falta com a verdade e induz o consumidor a acreditar que o processo de produção leiteira é um problema, quando de fato, se trata de importante meio para a segurança alimentar no mundo.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, com mais de 34 bilhões de litros por ano e com produção em 98% dos municípios brasileiros, tendo a predominância de pequenas e médias propriedades, empregando cerca de 4 milhões de pessoas.

O leite e seus derivados são alimentos de origem animal de excelente qualidade nutricional. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), o leite de vaca possui 87% de água e 13% de outros componentes sólidos importantes, como cálcio, potássio, fósforo e vitaminas A e B. O alimento ajuda na formação da massa óssea, crescimento e fortalecimento do sistema imunológico e dos dentes.

A produção leiteira no Brasil segue uma série de exigências ligadas à sanidade, segurança alimentar e bem-estar animal, medidas desenhadas para melhorar a qualidade e a competitividade do setor lácteo. Para as indústrias, a preocupação vai desde o bem-estar animal ao padrão de contagem bacteriana, passando pela contagem de células somáticas (células de defesa) e transporte.

O produtor de leite, instituições de pesquisa e empresas sérias entendem que situações de estresse para o animal impactam diretamente no bem-estar e na produtividade. Por essas e outras razões, as práticas de manejo na cadeia produtiva são feitas para garantir qualidade de vida aos bovinos e ainda evitar prejuízos.

Reforçamos que a produção de leite é um dos pilares do agronegócio brasileiro e fonte de alimentação de fácil acesso para a população mundial. Materiais como o divulgado não refletem a realidade nas fazendas produtoras de leite no Brasil – principalmente, diante do cenário atual, em que o setor é altamente penalizado com as importações desenfreadas, diminuindo a competitividade e prejudicando a economia nacional. Quem produz leite neste país trabalha com responsabilidade e compromisso.

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