Um dos cinco casos de mpox confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES-RS) na última sexta-feira (16) ocorreu em Passo Fundo. A infecção foi causada pela cepa anterior do vírus, não pela nova variante Clade 1b, que é 10 vezes mais letal e motivou a declaração de emergência sanitária global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na quarta-feira (14).
Segundo a secretária municipal de Saúde, Cristine Pilati, o paciente infectado é um homem que buscou atendimento em uma clínica de Passo Fundo após retornar de uma viagem a São Paulo (SP) em julho. O diagnóstico foi realizado por um laboratório privado, que notificou as autoridades. Pilati informou que o paciente cumpriu o período necessário de isolamento e está recuperado. A contaminação ocorreu fora de Passo Fundo, e o paciente não apresentou complicações.
Atualmente, não há outros casos suspeitos de mpox na cidade. Além de Passo Fundo, a SES-RS confirmou três casos em Porto Alegre e um em Gravataí. Um dos infectados em Porto Alegre é morador de São Paulo e foi diagnosticado durante sua estadia no Rio Grande do Sul. As infecções foram importadas do Canadá e do Rio de Janeiro.
Mpox, anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, é uma doença viral identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo. A transmissão ocorre por contato próximo com pessoas infectadas ou animais. Os sintomas incluem febre, dores musculares e lesões na pele.
Em 2024, o Brasil registrou 709 casos confirmados ou prováveis de mpox, segundo o Ministério da Saúde, uma queda significativa em comparação ao pico de 2022, quando mais de 10 mil casos foram reportados. A vacina disponível no Brasil é destinada a grupos específicos, tanto para prevenção quanto para pós-exposição. Em caso de sintomas, é recomendado evitar contato próximo e buscar atendimento médico.