O Rio Grande do Sul registrou cinco casos de Mpox em 2024, conforme a Secretaria da Saúde do Estado. Desses, dois são de moradores de Porto Alegre, um é residente de São Paulo que foi diagnosticado na capital gaúcha, e os outros dois casos foram confirmados em Gravataí e Passo Fundo.
A Secretaria informou que os casos são importados do Canadá e do Rio de Janeiro. Um documento detalhando o balanço e as ações do órgão, em resposta à declaração de emergência da OMS, será publicado na próxima semana.
Até esta sexta-feira, 16, nenhum dos casos confirmados é atribuído à nova e mais letal variante Clade 1b, responsável por um surto na África que levou à declaração de emergência de saúde internacional pela OMS.
Na terça-feira, 13, o Ministério da Saúde realizou o webinário “Situação Epidemiológica e Resposta à Mpox no Brasil” e recomendou aos Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) dos estados as seguintes ações:
- Intensificar a Vigilância Baseada em Eventos, especialmente na detecção e verificação de rumores sobre Mpox;
- Investigar casos suspeitos, prováveis ou confirmados de Mpox em viajantes provenientes de áreas com circulação da nova variante Clado I;
- Coletar, monitorar e analisar dados sobre casos suspeitos, prováveis ou confirmados de Mpox em viajantes dessas áreas, visando a antecipação de surtos e medidas preventivas;
- Reforçar a colaboração com autoridades de saúde locais para investigar e mitigar a propagação da doença.
A Mpox é de notificação compulsória imediata e deve ser comunicada às autoridades em até 24 horas após a suspeita, via Sistema de Informação de Agravos de Notificação (e-SUS Sinan). Alterações no padrão clínico-epidemiológico devem ser notificadas pelo e-mail notifica@saude.gov.br ou pelo telefone 0800.644.6645.
A Mpox, causada pelo vírus Monkeypox, pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, através de objetos e superfícies contaminadas. Em áreas onde o vírus circula entre animais selvagens, a transmissão para humanos pode ocorrer. Os sintomas incluem erupção cutânea, febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, além de gânglios inchados. A erupção pode afetar várias partes do corpo e durar de duas a quatro semanas.